COMUNICAÇÃO

ITAPARICA – Defensoria Pública realiza reunião com vítimas da tragédia de Mar Grande

10/05/2018 16:34 | Por Luciana Costa - DRT 4091/BA (texto e fotos)

O objetivo do encontro foi prestar esclarecimentos acerca do processo e ainda foi possível dialogar com os defensores públicos

Sobreviventes e familiares das vítimas da tragédia de Mar Grande compareceram a sede da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA nesta quinta-feira, 10, em Itaparica. Na ocasião, foi realizada uma reunião preparatória para as audiências de conciliação que serão realizadas nos dias 21 e 22 de maio. O objetivo do encontro foi prestar esclarecimentos acerca do processo e ainda foi possível dialogar com os defensores públicos responsáveis pelo caso.

“A audiência de conciliação foi trazida pelo novo Código de Processo Civil. A lei diz que cabe estimular a resolução de conflitos através de um acordo. E isso é bem melhor muitas vezes do que arrastar um processo por 10 ou 20 anos. Cada caso será analisado e caberá a cada pessoa dizer se aquela proposta será viável para ela”, explicou o defensor público Alan Roque, que atua em Itaparica. A defensora pública Maia Gelman também participou da reunião.

Na opinião do sobrevivente Eduardo José Reis de Oliveira, as informações prestadas pelos defensores públicos sobre o andamento do processo foi extremamente relevante: “Estávamos perdidos e agora tudo ficou mais esclarecido. Eu estava sem saber o que iria acontecer a partir de agora”.

Quando Jucimeire Santos Santana embarcou na lancha Cavalo Marinho I não imaginava que sua vida sofreria uma reviravolta. “Hoje, eu tomo 12 remédios por dia. Tem medicação para dormir, para depressão, para pressão alta. Estou com problema na mandíbula devido a uma pancada no acidente e desenvolvi Síndrome do Pânico. Atrasei meus estudos na faculdade e agora estou dando trabalho a minha mãe que tem que cuidar de mim”, lamenta ela. Jucimeire ainda conta que vendeu uma moto para alugar uma casa em Salvador porque para ela é dolorido ficar em Itaparica relembrando o episódio.

O naufrágio da lancha deixou 18 mortos em agosto de 2017. Desde o acontecimento, a Defensoria Pública vem prestando assistência jurídica. No primeiro momento, a Unidade Móvel de Atendimento foi levada para auxiliar no atendimento e no mês de abril uma unidade da Instituição foi inaugurada em Itaparica.