Depois de Itatim, a Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA continuou sua rota pelas cidades do centro-norte baiano e, nesta quarta-feira, 17, fez a sua parada na cidade de Santa Terezinha, que é conhecida pelos bons ventos e pela prática de voo livre. No primeiro dia de atuação na cidade, a UMA, como é mais conhecida, alcançou 85 atendimentos.

“Os bons ventos, realmente, trouxeram vocês até aqui”, afirmou o motorista Lucas Lima, 31 anos, que foi buscar orientação jurídica sobre o que fazer com as multas que está recebendo de um veículo que vendeu. “Fui vítima de um golpe que envolveu cheque sem fundo e depósito bancário de envelope vazio. O estelionatário ficou com o carro e estou recebendo as multas. Preciso desvincular meu nome deste carro para evitar que algo pior, como um acidente, aconteça e eu tenha que responder por isso”, explicou o motorista.

Quem também foi vítima de um golpe foi a aposentada Carmelita dos Santos Fonseca, 84 anos, que, desde 2016, teve seu nome e seus documentos utilizados para obtenção de um empréstimo consignado. “Eu não peguei este dinheiro e nem conheço este banco”, garantiu a aposentada, que até hoje paga cerca de R$ 90,00 de parcela pelo empréstimo.

Enquanto a aposentada nunca pensou em investigar de onde vinha esta cobrança que aparece em seu extrato, a cozinheira Dalila Caliane Santos, 29 anos, resolveu correr atrás e investigar, por conta própria, quem é seu pai. “Virei investigadora do FBI”, brincou a cozinheira, que convidou o seu suposto pai, o autônomo Jorge Lino Bastos, para ir até à Unidade Móvel e fazer o exame de DNA para descobrir se ele é mesmo seu pai.

Oferta dos serviços

De acordo com o coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida, os moradores de Santa Terezinha souberam aproveitar a oferta dos serviços da Defensoria na cidade e, neste primeiro dia da visita, teve de tudo. “A Unidade Móvel cumpriu o seu papel de trazer os serviços da Defensoria para aquelas cidades que ainda não contam com uma sede fixa da Instituição e, aqui, em Santa Terezinha, os moradores vieram em busca dos acordos extrajudiciais, orientações jurídicas, exames de DNA para investigação e reconhecimento de paternidade e consultas processuais”, enumerou o coordenador, que atuou com as defensoras públicas Carina Góes e Walmary Pimentel e também contou com o apoio dos servidores de Salvador e Santo Antônio de Jesus.

O atendimento da UMA em Santa Terezinha continuará amanhã, 18, das 8 às 14h, no mesmo local: Praça Ápio Medrado, em frente ao Fórum.