COMUNICAÇÃO

DPE/BA participa de sessão especial em homenagem aos idosos e apresenta iniciativas da instituição

27/09/2019 17:00 | Por Tunísia Cores - DRT/BA 5496 | Fotos: Reginaldo Ipê - CMS

Segundo a Organização Mundial de Saúde, apenas seis cidades brasileiras receberam a certificação internacional de Cidade e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa: Esteio, Porto Alegre, Veranópolis (RS) Pato Branco (PR), Balneário Camboriú (SC); Jaguariúna (SP)

Entre os 5.570 municípios brasileiros, apenas seis já receberam da Organização Mundial da Saúde (OMS) a certificação internacional de Cidade e Comunidades Amigáveis à Pessoa Idosa: Esteio, Porto Alegre, Veranópolis (RS) Pato Branco (PR), Balneário Camboriú (SC); Jaguariúna (SP). Em contraponto, o percentual de brasileiros com 65 anos ou mais de idade chegará a 25,5% (58,2 milhões de idosos), em 2060 – em contraste com os 9,2% (19,2 milhões) no ano passado – segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística apresentados em 2018.

Nesta sexta-feira, 27, o defensor público João Carlos Gavazza apresentou alguns destes dados durante a Sessão Especial “Projeto Memórias – Resgate de uma História de Vida”. O evento foi realizado na Câmara Municipal de Salvador pelo Fórum Permanente em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa-BA. “É importante sempre o reconhecimento de histórias de vida, dentro do contexto de dar visibilidade à temática do envelhecimento. E esses dados mostram nada menos do que uma urgente necessidade de melhorias na construção das políticas públicas voltadas para a pessoa idosa”, afirmou.

Atuante  na Especializada de Proteção à Pessoa Idosa, Gavazzo pontuou a atuação da DPE/BA para garantir os direitos a este segmento da população, especialmente em duas esferas: a coletiva, com ações macro sobre direito e sobre o idoso; e a individual, quando envolvem situações de violência física, psicológica, sexual, além do abandono, entre outras. “A Defensoria Pública possui um núcleo psicossocial, uma estrutura de servidores para realizar os atendimentos, sempre com foco na proteção à pessoa idosa, e ter os melhores encaminhamentos possíveis”, afirmou.

Gavazza comentou os pilares necessários para garantir plenitude aos idosos. São eles: o Estado, que deve implementar melhorias na construção das políticas públicas; a sociedade civil, que deve se organizar para pressionar os poderes constituídos; e núcleo familiar, ponto de partida para a principal mudança em prol de uma sociedade mais estruturada.

Coordenadora do projeto, Maria da Penha afirmou que muitas pessoas desconhecem a força do movimento popular e que os grandes desafios são conscientizar a população e exigir do poder público o direito de envelhecer com dignidade. “A velhice é uma conquista e, hoje, estamos trabalhando muito para garantir. Esperamos que o estado e a sociedade civil viabilizem isso. Temos um longo caminho pela frente, que será percorrido com o esforço comum da sociedade, dos estados e das pessoas idosas”, destacou.

A realização do “Projeto Memórias – Resgate de uma História de Vida” contou com o apoio do vereador Henrique Carballal, proponente da Sessão Especial e participante da mesa. Também participaram a coordenadora do Fórum Permanente em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa-BA, Lúcia Guedes Rios; o padre José Carlos Silva; o delegado especial da Delegacia de Proteção ao Idoso Nilton José Ferreira; e o presidente do Conselho Estadual da Pessoa Idosa, José Carlos Silva.