Devido as frequentes reivindicações da comunidade do Quilombo Rio dos Macacos, sobretudo na área de segurança pública, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA reuniu-se, na tarde desta terça-feira, 14, com o Comando Geral da Polícia Militar para solicitar apoio da PM no local, já que o quilombo tem registrado casos de insegurança após a morte de Seu Vermelho, líder da comunidade que foi assassinado no final do ano passado.

 O defensor e coordenador da Região Metropolitana de Salvador, Daniel Soeiro, e a coordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Lívia Almeida, reuniram-se com o comandante-geral da Polícia Militar, Anselmo Brandão e o coronel Humberto Sturaro. Em tom de diálogo, pensaram em sugestões de melhoria para construir uma nova realidade para comunidade.

Esse foi o primeiro contato direto da DPE/BA feito com a polícia Militar a respeito da comunidade Rio dos Macacos. Uma das ações iniciais é a implantação de uma polícia comunitária no local, conforme proposta do comandante-geral Anselmo Brandão. Segundo ele, a presença constante de policiais tornará o ambiente mais protegido e acarretará, consequentemente, na diminuição dos problemas de outras áreas.

Na avaliação da coordenadora da especializada de Direitos Humanos Lívia Almeida, o encontro inicial foi muito positivo. “O comandante-geral se mostrou extremamente receptivo a demanda da comunidade. Iremos fazer outra reunião na próxima semana, dessa vez dentro na própria comunidade, para já iniciar a relação de proximidade entre os moradores e a PM”, explicou.

Ações constantes

A Defensoria já vem atuando na promoção de direitos fundamentais para a população do Quilombo Rio dos Macacos. De acordo com o coordenador da Região Metropolitana de Salvador, Daniel Soeiro, reuniões com outros órgãos já foram realizadas. “Já nos reunimos com a prefeitura de Simões Filho e diversas secretarias do município para tratarmos de transporte, saúde e saneamento básico”, expôs.

Ainda em seu depoimento, o defensor informou que também foi realizada reunião com a Coelba para tratar da questão de iluminação. “Gradativamente estamos acionando órgãos competentes para que eles possam trabalhar na efetivação dos direitos básicos dos moradores”, finalizou.