Ao final do processo eleitoral para escolha do novo defensor público geral, através de lista tríplice, os defensores públicos baianos votaram maciçamente em Tereza Cristina Almeida Ferreira, que pleiteou a reeleição. Com 194 votantes e seis abstenções, a eleição realizada das 9h30 às 18h30 de hoje, 27, na sede da Defensoria, no Canela, fechou com 121 votos para atual defensora geral ( licenciada para disputar o pleito), 66 votos para Ricardo Claúdio Carillo Sá e 55 votos para Raul Palmeira. Foi anulado um voto. A proclamação do resultado ocorreu nesta mesma noite.

Emocionada com a preferência que lhe foi dada por 62,37% dos defensores públicos votantes, Tereza Cristina considera que este resultado demonstra o reconhecimento da classe a um trabalho desenvolvido no último biênio. " Mas também aumenta a responsabilidade, porque é mais um voto de confiança da classe para que eu desempenhe minha função de forma responsável, trazendo a Defensoria bem mais próxima do seu verdadeiro papel, bem mais próxima do cidadão, funcionando como instrumento da formação da consciência desse cidadão para a construção de uma sociedade mais justa, mais crente nas instituições públicas", declarou.

Para o defensor geral em exercício, Clériston Macedo, a eleição teve uma votação legítima, onde a classe optou, em maioria, pela candidata que foi aprovada por sua administração. "O resultado é reflexo de uma administração pautada no respeito ao defensor e ao cidadão", considerou.

Ricardo Carillo Sá, segundo mais votado, com 34,02% dos votos, permaneceu até a proclamação do resultado e destacou que foi um pleito democrático, que externou a vontade da maioria. O candidato Raul Palmeira, que obteve 28,35% dos votos, saiu do local da votação logo após a apuração, segundo informado pela Comissão Eleitoral em sua ata final.

Legitimidade - "Mais uma vez os defensores públicos demonstraram sua legitimidade, comparecendo às urnas e elegendo doutora Tereza", destacou a presidente da Adep-BA, Laura Fabíola Fagury, que disse esperar que o governador Jacques Wagner respeite a vontade da categoria e nomeie Tereza Cristina para mais um biênio como defensora pública geral. Ressaltando que a Associação se manteve isenta durante todo o processo eleitoral, Laura Fabíola desejou à Tereza Cristina uma nova gestão de pleno êxito e parabenizou os demais candidatos.

Esta foi a segunda eleição que a Defensoria Pública da Bahia teve desde o alcance da sua autonomia. A Comissão Eleitoral, composta pelos defensores públicos José Brito Miranda de Souza ( presidente), Marcelo Borges de Freitas (secretário) e Josenilda Alves Ferreira, considerou que o pleito ocorreu de forma tranqüila, apesar de um atraso de meia hora para o início da votação. A preocupação para que tudo transcorresse sem problemas fez com que até os suplentes da comissão - Berenice Lima Carvalho, José Jorge Lima e Gilmar Bittencourt Silva estivessem de prontidão.

O corregedor geral da Defensoria Pública, Marcus Vinícius Lopes Almeida, lembra que, como o voto é obrigatório, os defensores que não compareceram ao local de votação devem justificar as suas ausências.