Em itinerância realizada neste domingo (6), entre o circuito do Campo Grande e o Pelourinho, as defensoras Walmary Pimentel e Ariana Silva se depararam com inúmeros casos de crianças perdidas e de trabalho infantil na festa momesca.

As defensoras dirigiram-se ao Conselho Tutelar da Rua Chile para articular junto ao Órgão, providências referentes à situação de menores desacompanhados de pais ou responsáveis no carnaval. No Posto do Conselho, realizaram intervenção no caso de dois irmãos, A. M. de 3 anos e C. S. de 11 anos, que foram encontrados por uma turista carioca nas imediações da Avenida Sete. A foliã Lana dos Santos as conduziu ao Observatório Racial, na Ladeira de São Bento, que deslocou uma equipe até o local onde o menor de 11 anos indicou haver parentes residindo.

Foi encontrado um responsável que se identificou como vizinho das crianças e da mãe delas. Após a ocorrência registrada, a Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR), através do subsecretário Edmilson Sales, disponibilizou um carro com uma policial para conduzi-los até a residência e identificar civilmente os responsáveis. Os mesmos já foram identificados e serão procurados pela Defensoria Pública após o carnaval, para averiguação das condições da família, cuja mãe tem 24 anos e seis filhos.

Trabalho Infantil – A defensora Walmary Pimentel destaca também o elevado número de crianças trabalhando nos circuitos do carnaval. Desde menores catando latas até crianças comercializando bebidas alcoólicas em companhia de familiares. “Após o carnaval também haverá uma intervenção junto à Superintendência Regional do Trabalho para a efetivação de políticas públicas relacionadas ao trabalho infantil no carnaval”, enfatiza a defensora.