Subcoordenadora da Defensoria Especializada em Direitos Humanos, a defensora Fabiana Almeida participou, nesta segunda-feira (5), de uma audiência pública que discutiu a inclusão do ensino bilíngue para surdos nas redes de ensino municipal. O projeto de lei é defendido pela vereadora Vânia Galvão na Câmara Municipal de Salvador, e conta com o apoio da Defensoria Pública.

"Vamos montar uma agenda de trabalho com os movimentos sociais e com a vereadora para articular ações em favor da inclusão da medida na rede pública de ensino", garantiu a defensora pública, ressaltando já existirem escolas especias de iniciativas privadas e ONG's. Fabiana Miranda atenta que, mesmo que o projeto de lei não seja aprovado, há outras maneiras de implantar escolas especiais na capital baiana. "A Defensoria Pública vai desempenhar o trabalho de conscientizar e dialogar com a Secretaria Municipal de Educação sobre a viabilidade de um decreto municipal", antecipa.

No entendimento da defensora, a proposta de implantação do ensino bilíngue na rede municipal é a forma mais adequada para educar as pessoas com deficiência auditiva. "A criança surda tem mais dificuldade de aprender a disciplina quando a aula é ministrada por um professor da matéria com um intérprete ao lado. É mais fácil o entendimento quando o próprio professor da disciplina sabe libras e dá a aula através da linguagem de sinais e não oralmente.", opina Miranda.