COMUNICAÇÃO

Diálogo resolve extrajudicialmente conflito entre assistida e plano de saúde

09/05/2012 23:48 | Por

Mais uma vez, o diálogo foi a solução encontrada pela Defensoria para um conflito que poderia vir a se tornar uma ação na justiça. Dessa vez, a mãe da professora Rita Mansur, uma idosa de 86 anos, terá suporte médico em casa, o chamado "home care", custeado pelo próprio plano de saúde. A menos que esteja no contrato, esse não é um serviço coberto pelas seguradoras. Uma norma da Agência Nacional de Saúde (ANS) determina que cada caso seja avaliado individualmente pelo plano. Com a necessidade, o serviço geralmente é prestado por uma empresa terceirizada.

Procurada por Rita na última quinta-feira (26), a subcoordenadora do Núcleo de Proteção à Pessoa Idosa, Walmary Pimentel, entrou em contato com a seguradora. "Não adiantava entrar com um processo na justiça", setencia. De acordo com ela, a SulAmérica informou que não houve negativa por parte da empresa, mas sim uma recusa da família em relação ao tipo de programa "homecare" oferecido. Segundo Rita, a clínica onde a mãe estava internada há um mês, por conta de uma crise de Parkinson, já tinha definido um prazo para a saída da idosa. "Ela não deglute mais, precisa de uma sonda para beber água", conta a professora.

Após conversa entre o superintendente da Bahia Home Care - empresa contratada pela seguradora para prestar o serviço - Luis Landeiro, a filha da paciente e a defensora pública, o caso pôde ser reavaliado. "Foi uma situação que gerou um desentendimento por conta dos familiares. Essa comunicação evitou que fossemos para justiça resolver o impasse", pontua ele.

A Sul América autorizou uma nova visita à idosa, que aconteceu nesta quarta-feira (02), a qual Walmary Pimentel também acompanhou. "Foi importante esse acompanhamento da Defensoria para dialogar com a prescrição do programa de homecare, exercendo também a defesa da pessoa idosa", afirma. Ainda de acordo com a defensora, a idosa receberá, no início do tratamento, visitas médicas de 15 em 15 dias, além de ter o acompanhamento de fonoaudiólogos, nutricionistas e fisioterapeutas. Ela afirma também que garantiu acompanhar a execução do que ficou decidido para que tudo permaneça fora do âmbito judicial.