COMUNICAÇÃO

Moradores em situação de rua são atendidos em mutirão de cadastramentos

31/05/2012 23:46 | Por

Foi realizada no último dia (29) e hoje (31), a segunda e terceira etapa, respectivamente, do mutirão de atendimento à população em situação de rua ou vulnerabilidade social. A ação é uma parceria da Defensoria Pública com a Secretaria Municipal do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão - Setad . Durante os dois dias de mutirão, cerca de 140 pessoas estiveram na sede do Movimento de População de Rua, no Pelourinho, em Salvador.

“Se não fosse a Defensoria Pública esse mutirão não estaria acontecendo neste momento. A presença desta instituição é fundamental para a melhoria de vida e a promoção da dignidade das pessoas que vivem nas ruas. Mais uma vez, a Defensoria veio e nos acolheu”, salientou a coordenadora do Movimento de População de Rua, Lúcia Santos.

De acordo com ela, 60 pessoas já estão trabalhando com carteira assinada após esse trabalho. Além disso, agentes do serviço social estão acompanhando as pessoas que foram contempladas com uma moradia, a fim de auxiliá-las na adaptação a uma nova vida e realidade.

Em situação de rua desde 2001, José Carlos dos Santos, 58 anos, tinha uma vida estável e se desestruturou após a separação conjugal. “Eu tinha casa, família, até que um dia me separei da minha mulher, que levou os meus filhos com ela. Depois disso, vendi minha casa e não soube administrar o dinheiro, terminei gastando tudo, e quando dei por mim, já estava vivendo nas ruas. Mas, esse trabalho tem me ajudado a resgatar minha vida e dignidade. Já estou inclusive participando do programa “Minha Casa Minha Vida”, e só estou esperando receber a chave da minha nova casa”, declarou.

A atividade vem contando com a assistência da defensora pública e subcoordenadora da especializada de Direitos Humanos, Fabiana Almeida. “O Movimento de População de Rua traz essas pessoas que estão em situação de rua, e a Setad faz o cadastramento e nos auxilia também a fazer o cadastramento no Bolsa Família, no Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), no SIMM (Serviço Municipal de Intermediação de Mão de obra) e no programa Minha Casa Minha Vida. Além de todos esses encaminhamentos, estamos ouvindo os casos de ameaça, de agressão e entregando os documentos de quem nos procurou há um tempo atrás”, relata a defensora.