Com o slogan “No Carnaval, cada um brinca de um jeito, mas o direito de todos é igual”, a Defensoria Pública da Bahia começou, nesta quinta-feira, 7, na sede do Canela, o Plantão de Carnaval. Os trabalhos foram iniciados às 15 horas com a formação de várias equipes de defensores, que vão atuar durante os sete dias da festa em Salvador. No primeiro dia de atuação, 25 defensores serão responsáveis pelos trabalhos de visita a órgãos públicos, itinerância pelos circuitos, além do atendimento de outras demandas que surgem normalmente durante o período.

Para isso, foram formadas equipes nas especializadas de Direitos Humanos, Criminal e Infância e Juventude. De acordo como defensor Alan Roque, subcoordenador da especializada de Crimes e Execuções Penais, nas delegacias visitadas durante o final de tarde não foram registrados fatos que pudessem representar uma situação passível de intervenção. Até o início da noite, o movimento nas delegacias era considerado normal.

A equipe da especializada de Direitos Humanos, composta pelo coordenador das Defensorias Regionais, Ricardo Carillo, e das defensoras Firmiane Venâncio, Walmary Pimentel e Cristina Ulm, fez uma visita aos pontos de maior concentração como o pelourinho e o Campo Grande. No primeiro ponto, foram visitados o Observatório da Discriminação Racial, da SEMUR, que ainda não estava oficialmente em funcionamento, e a Delegacia do Turista.

Durante a caminhada foram distribuídas pulseiras de identificação para crianças. Logo depois, o grupo foi para a base de operação do Observatório da Discriminação Racial, na Ladeira de São Bento, no Centro. Em seguida, o prefeito ACM Neto, acompanhado de alguns secretários, chegou ao local para dar início, oficialmente, às atividades do Observatório.

A solenidade contou com a presença de vários representantes de movimentos sociais, principalmente aqueles ligados às questões de violência contra a mulher, discriminação racial contra os negros e preconceito contra os LGBTs. Num rápido discurso, o prefeito reforçou seu compromisso com as políticas de enfrentamento a essas situações, ressaltando que, embora tenha apenas 35 dias no cargo, vem se empenhado para fortalecer o trabalho desenvolvido pelas secretarias voltadas para essas atividades.

Para Ricardo Carillo, a importância do trabalho da Defensoria está na forma como são desenvolvidas as ações. “Neste período atuamos em várias frentes. Estamos preocupados com o cometimento de arbitrariedades, de abusos, de violência, de qualquer natureza. Nossas equipes trabalham no sentido de resguardar os direitos fundamentais da pessoa humana, principalmente daqueles já quase esquecidos pela sociedade”,disse.

A defensoria pública atua na verificação das condições de trabalho dos cordeiros, dos ambulantes, da exploração do trabalho infantil, do constrangimento e da violência institucionais, além de outras demandas que têm um aumento significativo durante este período.