COMUNICAÇÃO

Defensoria promove curso de formação continuada em atendimento para estagiários de nível médio e técnico

06/06/2017 17:28 | Por Alessandra Lori - Estagiária

Treinamento abordou temas como atendimento humanizado, postura profissional, e práticas de cidadania.

 

Visando a qualidade no atendimento ao público assistido pela Defensoria Pública do Estado – DPE/BA, estudantes do ensino médio e técnico que estagiam na instituição, participaram nesta terça, 6, do curso de formação continuada “Atender bem, sem olhar a quem”, promovido pela Escola Superior da Defensoria Pública – Esdep. O treinamento, que aconteceu durante o dia, foi divido em duas turmas, sendo uma pela manhã e outra pela tarde, para que todos estagiários participassem.

 

As psicólogas Vanina Miranda da Cruz e Ivana Ventura da Silva, abordaram temas como atendimento e tratamento humanizado, ações para o bom atendimento, postura profissional, perfil psicossocial dos assistidos, práticas de cidadania, como lidar com situações delicadas e comportamento assertivo.

 

Para Vanina Miranda, que atende ao Núcleo de Direitos Humanos da DPE/BA, é uma oportunidade dos jovens dialogarem com a instituição, já que eles estão em processo de desenvolvimento e precisam de um espaço para trocar experiência. “A ideia é propiciar um espaço para que eles possam expor suas dúvidas, dificuldades e também refletir sobre a importância do trabalho que eles desenvolvem na instituição, para que eles possam conhecer de fato a Defensoria. É uma forma de contribuir para o desenvolvimento pessoal deles e consequentemente o seu aprimoramento profissional”, esclareceu a psicóloga.

 

De acordo com Ivana Ventura, psicóloga que atua no Pop Rua, a instituição ganha muito em qualidade quando promove treinamentos como esse, porque se pode identificar as falhas, para procurar melhorar. “Eles entendem que tem um canal aberto com a instituição, podem compartilhar experiências, percebem que eles não estão sós, passam a refletir sobre as diversas formas de agir e encontrar novos caminhos diante das dificuldades”, disse a profissional.

 

A responsável pela Coordenação de Estágio de Nível Médio, Maria Purificação fala que a temática surge em virtude de uma demanda inerente à natureza dos serviços que a Defensoria oferece. “Atender ao público é a essência da Defensoria, a gente vive isso o tempo todo. Facilitar a comunicação é prezar pelo bom relacionamento entre eles mesmos, com os servidores, com os defensores e especialmente com os assistidos, nosso público alvo”, afirmou Maria.

 

Para o estudante Jonathan Sales, 17 anos, além de promover o entrosamento entre os estagiários, o curso possibilita a comunicação com a instituição. “A gente pode colocar em pauta as nossas demandas, o que está certo, o que está errado, o que pode melhorar, o que precisa ser cortado, isso é muito bom para os estagiários”. Sobre as expectativas em relação ao treinamento, o jovem estudante espera que as mudanças ocorram para melhorar as relações interpessoais: “Entre estagiário-servidor, estagiário-defensor, é importante que se tenha a compreensão que estamos aqui para auxiliar e contribuir para o trabalho de todos, afinal, o primeiro contato que o público tem é com a gente, se não acontece um bom atendimento, tudo fica mais complicado”, esclarece o estagiário.

 

A estagiária Mirele Silva, 18 anos, destaca o aprendizado que teve em seis meses de estágio na Defensoria. “Tem sido essencial porque pude desconstruir muitas coisas; as vezes, é preciso se colocar no lugar dos assistidos para que a gente possa entender a necessidade das pessoas que procuram a Defensoria. Eu mudei meu pensamento sobre essas pessoas e a forma de tratar elas, passei a atender melhor, independentemente de qualquer coisa, porque a gente como ser humano, deve saber acolher quem procura ajuda. ”, relatou a estudante.

 

Vanina Miranda, ressalta a importância da supervisão e do acompanhamento que os estagiários precisam ter no ambiente de trabalho. “É preciso criar estratégias para que em cada núcleo tenha alguém que sirva de referência, para que eles possam conversar, buscar apoio e tirar as dúvidas, assim, a gente pode propiciar um ambiente de aprendizado para eles, consequentemente, profissionais mais motivados, que contribuem para melhor desenvolvimento no trabalho de todos”. Concluiu a psicóloga.

 

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