Josy Andrade está adorando a oportunidade de aprender técnicas de resolução de conflitos para pôr em prática na sua comunidade. A professora aproveita o segundo dia do Curso de Mediação Comunitária, promovido pela Escola Superior da Defensoria Pública – ESDEP nesta quinta-feira, 27, para tirar dúvidas sobre as demandas que chegam até ela. “Sou de periferia e encontro situações bastante conflituosas que, na minha opinião, podem ser mediadas dessa forma”, declarou Josy, que atua nos bairros de Amaralina e Engenho Velho da Federação. Ao todo, 40 pessoas participaram do curso.

O Curso de Mediação Comunitária tem o objetivo de formar mediadoras e mediadores de conflitos, visando potencializar a contribuição de cada um na sociedade. Seu público-alvo são as defensoras populares, formadas pela Instituição em 2016, e lideranças comunitárias. Esta é a segunda etapa.

Dentre os conteúdos abordados no segundo dia do curso estão os processos de resolução de conflitos como evitação, negociação, conciliação, mediação, arbitragem e a judicialização. Para a professora e palestrante Graziela Barreiras, promover capacitações como essas é uma forma de diminuir a quantidade de processos no país. “É muito importante que a Defensoria Pública promova esse curso, pois muitos dos conflitos que chegam para a Instituição e que abarrotam o Judiciário poderiam ser resolvidos dentro da própria comunidade. Essas lideranças serão multiplicadores dessas técnicas”, afirmou a professora.

A professora e advogada Daniela Carvalho também palestrou durante o curso e o avaliou como bastante produtivo: “O dia de hoje superou minhas expectativas. Os alunos estão absorvendo bem o conteúdo, tirando dúvidas, mostrando total interesse em obter conhecimento para depois aplica-lo na prática”.

Lindinalva Santos, auxiliar técnica e defensora popular, afirma que o conhecimento que adquiriu durante o Curso de Defensoras Populares vai agregar ainda mais o aprendizado durante o Curso de Mediação Comunitária. “Os conhecimentos se somam e isso é muito bom.  Na verdade, a gente já faz mediação de conflitos sem saber que está fazendo, então agora vamos estar tecnicamente preparadas para desenvolver nosso trabalho”, disse Lindinalva. que atua na comunidade de Paripe.