Na tarde desta quinta-feira, 24, ocorreu na Escola Superior da Defensoria – ESDEP, um grupo de trabalho sobre cuidado materno infantil para pessoas em situação de rua. O enfoque foi dar atenção integral às mulheres e adolescentes em situação de rua e/ou usuários de álcool e outras drogas e seus filhos recém-nascidos.

A defensora pública Fabiana Miranda, coordenadora da Equipe Pop Rua, que faz parte da Especializada de Direitos Humanos da Defensoria, contou a sua vivência em receber as mulheres que muitas vezes estão sem seus filhos, pois foram tirados do seus braços. Ressaltou que para recuperar essas crianças, o processo é demorado e sugeriu a participação da DPE/BA, no processo de fluxo de atendimento da mulher em situação de rua após o parto.

A ideia do grupo de trabalho é constituir um fluxo comum entre as maternidades públicas, com o objetivo que essas se alinhem na forma de atendimento e acolhimento as mulheres em situação de rua. “Para muitas mulheres, a rua é o melhor lugar para terem os seus filhos, por conta da violência que passam em hospitais”, afirmou a antropóloga Luana Malheiros, que atua no programa Corra pro Abraço.

Para a defensora pública, Ana Virgínia, da especializada de Curadoria, o Projeto Acolher é um espaço multidisciplinar que serve como acolhimento para essas mães que precisam de atendimento. “A nossa luta deve ser conjunta com outros órgãos podemos constituir uma rede mais sólida”, afirmou a defensora.

Também estiveram presentes na reunião, a subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos, defensora pública Eva Rodrigues, assistentes sociais, professores e membros da Secretária de Saúde do Estado da Bahia – SESAB e do Ponto de Cidadania.