COMUNICAÇÃO

Quarta posse popular é realizada na Estação Nova Lapa

31/08/2018 15:41 | Por Luciana Costa com informações de Tiago Júnior - Fotos: Humberto Filho

No terminal transitam em média 400 mil pessoas por dia

Cinquenta e quatro. Esse é o total de defensoras públicas e defensores públicos que já participaram da Posse Popular promovida pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. O evento, que já aconteceu no Largo 2 de Julho em 2015, no Terreiro de Jesus em 2017 e março deste ano, teve nova edição nesta sexta-feira, 31, na Estação Nova Lapa. Pelo terminal, transitam em média 400 mil pessoas por dia, a maioria delas oriundas dos 509 ônibus que pertencem a 107 linhas do transporte público da cidade.

“Quando tivemos a ideia de fazer a Posse Popular foi com o objetivo de aproximar a Defensoria Pública da Bahia dos usuários dos seus serviços e reafirmar a nossa missão enquanto defensores e defensoras públicas. Essa aproximação é necessária para que não esqueçamos para quem servimos, que é a população que mais precisa”, disse o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo. Na quarta edição da Posse Popular foram empossadas as defensoras públicas Clarissa Freitas, Flávia Coura, Karine Azevedo, Manuela Passos, Rachel de Barros e Vanessa Nunes e os defensores públicos Jeanderson Paim e João Victor de Queiroz.

Em sua fala, a ouvidora-geral da DPE/BA, Vilma Reis destacou a importância da interiorização da Defensoria: “Quando a Defensoria Pública chega aos locais é para garantir que não haja a violação de direitos. É para, por exemplo, combater a intolerância religiosa sofrida pelo povo de terreiro como o que ocorreu em Juazeiro”.  O presidente da Associação dos Defensores Públicos da Bahia – ADEP/BA, João Gavazza também falou da importância do trabalho realizado pela Instituição em um país que ele classificou como desigual.

“Inicio esse discurso lembrando que a Defensoria Pública não é composta apenas por defensores públicos, mas sim de servidores, de colaboradores, estagiários e o mais importante: é composta por cada um de vocês aqui presente. Todos fazem parte do mosaico de sustentação da chamada Defensoria Pública e por isso a importância deste ato de tamanha representatividade da posse popular: a posse do povo”, disse a defensora pública Clarissa Freitas, que foi escolhida para falar em nome dos demais colegas que tiveram a experiência da Posse Popular.

ATENDIMENTO À POPULAÇÃO

M.A*, 36 anos, estava passando pela Estação Nova Lapa quando se deparou com o atendimento da Defensoria Pública e resolveu pedir ajuda por estar se sentindo ameaçada.  “Minha filha foi estuprada e eu peguei o abusador em flagrante. Ele foi preso por estupro de vulnerável, mas hoje se encontra solto com a tornozeleira eletrônica. Tenho audiência marcada e estou sendo ameaçada mesmo tendo medida protetiva. Estou mais aliviada porque a Defensoria cuidará do meu caso. Estou me sentindo mais segura agora e acredito que a justiça será feita”, disse ela.

Dona Elza Santos, 71 anos, descobriu que existe uma quantia de R$ 6 mil deixada pela sua mãe que faleceu há dez anos, na conta do PIS/PASEB. Para tirar dúvidas em relação ao saque do valor ela se dirigiu aos defensores públicos para buscar orientação. “Eu procurei um advogado que me informou que eu iria ter que gastar muito, tanto para sacar o dinheiro, quanto para fazer um inventário. Passando aqui pela Lapa vi o atendimento da Defensoria, que me disse que eu não iria gastar nada, que tudo era com eles e que era de graça. Só isso já me alegrou o dia. Segunda-feira mesmo já vou acertar a minha vida com isso. Que maravilha esse serviço, eu fui muito bem tratada!”, contou Dona Elza.