COMUNICAÇÃO

Defensoria Pública participa de mesa temática no Julho das Pretas

25/07/2016 20:38 | Por Jéssica Carvalho - estagiária (texto e foto)

Evento foi promovido pela SEPROMI, SPM e SETRE

No dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, o auditório da Assembleia Legislativa da Bahia ficou lotado de representantes, autoridades e mulheres com histórias de luta, todos interessados em discutir formas de superação e enfrentamento das desigualdades de gênero e étinico-raciais. O evento fez parte da programação do Julho das Pretas e contou com a participação de representantes da Defensoria Pública do Estado da Bahia/DPE-BA da Defensoria Pública da União, além de outras instituições governamentais e da sociedade civil.

O subdefensor público geral, Rafson Ximenes, destacou a importância das discussões e do envolvimento das instituições para a representação e representatividadae dos grupos minoritários nos vários segmentos da sociedade. “O mês de julho, o Julho das pretas, é um momento de reflexão e de luta para todos nós. Uma luta na qual a Defensoria Pública está envolvida”, afirma.

Luíza Bairros

Emoção e homenagem marcaram a abertura da mesa temática. Após um vídeo lembrando a trajetória de vida da ex-ministra da igualdade racial, Luiza Bairros, falecida no último dia 12/07, a secretaria Vera Lúcia Barbosa, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, SEPROMI, destacou sua importância para a luta das mulheres negras. “Luíza Bairros foi uma dessas mulheres que lutaram de sol a sol por um mundo melhor. Merece sempre ser lembrada”, destacou.

A secretária de Política para as Mulheres, Olivia Santana, destacou ainda a importância da mobilização das várias gerações na busca pela emancipação das mulheres. “Todas nós vamos um dia, mas é muito bom ver essa nova geração de mulheres negras. Assim, a luta nunca vai acabar”, assegurou.

Cotas

Indo ao encontro das políticas de inclusão, pela primeira vez, a Defensoria Pública da Bahia irá destinar 30% das vagas do concurso de defensores públicos aos candidatos que se declararem negros. Rafson Ximenes ressaltou a validade dessas ações, bem como das ações de proteção às regiões quilombolas e ações de proteção às religiões de matrizes africanas. “A Defensoria tem se empenhado, e é parte de sua natureza, nas lutas afirmativas e inclusivas na sociedade. E se existe um seguimento que necessita deste trabalho de inclusão é o das mulheres, em especial, o das mulheres negras”, ressaltou.