COMUNICAÇÃO

Projeto Libertate é lançado no Tribunal de Justiça com apoio da Defensoria Pública

08/11/2016 17:55 | Por Luana Rios DRT/BA 4867 (texto)
Idealizado pelo artista e cidadão Eliezer Nobre, a proposta é ressocialização de internos do meio prisional por meio da arte.

A abertura da exposição do Projeto Libertarte na Praça de Serviços do Tribunal de Justiça foi prestigiada pelo defensor público geral do Estado, Clériston Cavalcante de Macêdo, e pelos defensores públicos Fabíola Pacheco e Nelson Côrtes, que atuam na área de Execução Penal da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. Idealizado pelo artista plástico Eliezer Nobre e apoiado pela DPE/BA, o projeto ajuda a reduzir o tempo de reclusão de internos no sistema prisional: três dias trabalhados representa a remissão de um dia na pena. Parte dos recursos arrecadados com a venda também será revertida para seus autores.

Para Clériston de Macêdo, parcerias como essa entre a Secretaria de Administração Penitenciária – Seap, Poder Judiciário e Defensoria Pública fortalecem a sociedade baiana. "Acredito que quando o senhor [Eliezer Nobre] ajuda a transformar isso aqui em arte, está também transformando a vida e o sonho dessas pessoas que são beneficiadas pelo seu talento", disse o defensor-geral aos presentes.

A pedido da defensora pública Fabíola Pacheco, o Tribunal de Justiça cedeu espaço para que as obras ficassem expostas do dia 7 ao dia 11 de novembro. Para ela, além de levar um novo ofício aos internos, o projeto permite a ressocialização por meio da arte. "O maior empecilho para esse projeto era o espaço para ser visto. É função não só da Defensoria Pública, como do Tribunal de Justiça, do Ministério Público e de outras instituições, fomentar, incentivar e participar desses projetos ressocializadores. O que falta dentro do sistema prisional são projetos como esse", avaliou Fabíola, que foi presenteada pelo artista com o quadro intitulado "Falando de Amor".

De acordo com Eliezer, os mosaicos que são "fragmentos" refletem a diversidade presente na humanidade. "Se percebermos com um pouquinho mais de atenção, vamos ver que o outro é tão importante quanto o nosso umbigo […] O que é o outro senão a extensão de você?", refletiu ele ao destacar o estigma que o cárcere imprime sobre o cidadão. "É tudo muito cinza", pontuou.