COMUNICAÇÃO

Defensoria participa de Audiência Pública na Assembleia Legislativa sobre Reforma da Previdência

24/03/2017 13:01 | Por *Elaine Lima - estagiária

Com o tema Reforma da Previdência e o impacto na vida das mulheres ocorreu na tarde de quinta feira, 23, às 14h, na Assembléia Legislativa do Estado da Bahia, audiência pública para promover a importância do debate sobre essa nova reforma.

A audiência contou com a participação da defensora pública Mônica Aragão, Deputada Neuza Cadore e Luiza Maia, Luciola Conceição, secretária de Mulheres da CUT Bahia, a representante da OAB-BA, Ana Isabel Jordão e a presidente da Associação Brasileira de Defesa dos Direitos Previdenciários, Acidentários e Consumidor (ABPREV), a advogada Nildes Carvalho.

A defensora pública e membro do Conselho Previdenciário do Estado, Mônica Aragão fez um apanhado histórico do que é a previdência, as mudanças pela qual ela já passou e depois partiu para as questões atuais. E afirmou: "O que está estabelecido atualmente não é uma reforma, é aniquilação". Para ela, a reforma não foi esclarecida para sociedade e reforçou que devemos nos fazer representar. A defensora também informou que a Defensoria Pública do Estado foi à única do Brasil a emitir uma nota contra a reforma.

A PEC 287/2016 pretende alterar e diminuir diversos direitos previdenciários conquistados pela sociedade. Ela irá atingir os direitos dos cidadãos, segurados e não segurados pela previdência Social. Durante a audiência o objetivo foi para que cada membro presente saísse com mais informações sobre o assunto, e foi ressaltado o desejo de que a população enfrente as propostas contra versas que estão sido sugeridas.

A mulher foi o foco da discussão, afinal a reforma da previdência afetará diretamente ao gênero. A mudança prevê que as mulheres terão que contribuir durante 25 anos e em relação à idade deverão ter acima de 45 anos de idade. Dificilmente teremos um trabalhador que reúnam todos os requisitos necessários para ter acesso ao benefício.

Logo após as falas das convidadas, um membro da sociedade civil iniciou o seu relato acerca do assunto. Kádia, 65 anos e professora que estava no local deu o seu depoimento sobre sua jornada de trabalho e como isso afeta a sua vida. "Optei por trabalhar só à noite, pois o desgaste é menor. Pois você lida com adultos, com crianças o desgaste é muito maior". Com a reforma da previdência, ela teme por uma rotina de trabalho mais rígida afinal o professor precisa ter o equilíbrio para lidar com diferentes tipos de alunos.