COMUNICAÇÃO

1º Delegacia destina sala à Defensoria e garante melhor atendimento aos presos

13/10/2009 16:56 | Por

O trabalho de assistência jurídica realizado pela Defensoria Pública, através da Central de Atendimento a Presos em Delegacia (CAPRED), segue para uma nova etapa. Numa iniciativa pioneira na Capital, a delegada Patrícia Nuno, responsável pela 1ª Delegacia, nos Barris, em Salvador, implementou uma sala dedicada ao trabalho dos defensores públicos no atendimento aos presos. Essa nova proposta reforça o aperfeiçoamento do trabalho desenvolvido pela CAPRED nas Varas Criminais da cidade, oferecendo melhores condições no atendimento individual e na elaboração de resoluções que agilizem os processos.

No total, serão assistidos cerca de 80 presos: "Esse trabalho significa a integração entre a Defensoria, que tanto tem nos ajudado a proporcionar saídas para alguns de nossos problemas, e a Polícia Civil. Um dos efeitos principais é que esses encontros com os defensores acalmam os custodiados, porque eles percebem que existem pessoas, instituições, zelando pelo direito deles. E, agora com a sala, que conta com dois computadores e dois policiais, essa atuação surte mais efeito", afirma a delegada Patrícia Nuno. Além disso, a delegada recorda a importância de encontrar novas possibilidades para a situação dos detentos: "Claro que a gente precisa estar pautando na lei, mas sabemos que não é só prender e reprimir. Temos também de cuidar dos direitos que essas pessoas tem, de ter sempre como base a cidadania. E acho que nesse sentido se dá a importância de trabalhar junto a com Defensoria".

A nova sala simboliza também a integração entre as diversas instâncias que compõem o poder judiciário. Essa união de esforços, empreendida pela CAPRED, já conta com resultados na própria 1ª Delegacia, quando a atuação foi intensificada no mês de agosto. De acordo com a defensora pública Soraia Ramos foram efetivados o cadastro de presos: "Realizamos o cadastramento de todos os custodiados que não podem arcar com os custos de uma defesa judicial. Essa foi a primeira etapa e de extrema importância", afirma.
O cronograma de atendimento inclui também a verificação da situação de presos que já são assistidos pela instituição, tendo sempre como perspectiva os direitos da pessoa humana: "Pudemos ver que já havia pessoas com alvarás de soltura emitidos pelo Tribunal de Justiça, mas que ainda estavam lá. Vimos também casos de presos em flagrantes. Ter um espaço na delegacia trará benefícios à nossa atuação, pois teremos melhores condições de atender os presos, ouví-los com mais atenção e conhecer suas necessidades mais a fundo. Esperamos que esta iniciativa se reproduza por outras delegacias da capital", pontuou a defensora Soraia Ramos.