COMUNICAÇÃO

12 defensores tomam posse e vão atuar no fortalecimento do interior da Bahia

05/03/2013 13:50 | Por

Na noite de ontem (13), em Salvador, tomaram posse os novos 12 defensores públicos do Estado da Bahia, aprovados no 6º concurso de Ingresso na Carreira. A partir de agora, a Defensoria Pública baiana passa a contar com 212 defensores. A cerimônia de posse dos novos profissionais aconteceu na Fundação Luís Eduardo Magalhães e contou com a presença de autoridades políticas, secretários municipais, representantes de diversas instituições do Estado, além do defensor geral do Rio de Janeiro, Nilson Bruno Filho, bem como familiares dos recém-empossados.

Empossada em abril deste ano, a 1ª colocada no concurso, homologado em 2011, a defensora pública Joana Lopes de Pinheiro fez o discurso de posse representando os novos ingressos. De maneira apaixonada, ela destacou o significado da vitória de todos ali e a missão de cada novo integrante da instituição. "Hoje é a materialização de um sonho, uma conquista tão árdua quanto honrosa. Cada um aqui é digno desta vitória. Este ano foram nomeados 18 defensores: novos aliados na luta por mais novos profissionais", discursou a defensora, que chamou a Defensoria Pública de "espaço de esperança e concretude da Justiça".

Para o presidente da Associação dos Defensores Públicos da Bahia (Adep), Cláudio Piansky, os jovens defensores serão um reforço para a Defensoria. "Desejo que a força da juventude presente nesses novos ingressos venha para somar. Também espero que este seja o primeiro de um grande passo que será a posse de todos os aprovados no concurso, diante do quadro deficitário de defensores na Bahia, pois há uma demanda reprimida que tem crescido muito", afirmou ele.

Segundo o corregedor geral da Defensoria Pública da Bahia, Jânio Neri, a maior importância da posse dos novos colegas é que os mesmos sejam vocacionados. Ainda de acordo com ele, o defensor público extrapola a esfera jurídica e almeja o sentido de Justiça: "Sem a atuação da instituição não se faz Justiça, prova disso é que 80% das demandas de família e 90% da população carcerária são atendidas pela Defensoria. Por isso, com a chegada de mais 12 profissionais, o direito fundamental de acesso à Justiça recebe reforço".

"A Defensoria sempre foi minha vocação, desde a época da faculdade. Sobretudo, pelo seu papel social, por incluir aquelas pessoas que não têm recursos para acessar seus direitos através da Justiça. O ingresso nesta instituição é um sonho que hoje se torna realidade", disse o 11º colocado do concurso, Bruno Moura de Castro, de 31 anos.

Conforme o coordenador executivo das Regionais da Defensoria Pública, Ricardo Carillo, os novos defensores irão fortalecer a atuação da instituição no interior do Estado, com a ampliação do atendimento nestas Comarcas: "Desejo boa sorte aos novos empossados e que eles nos ajudem nesta luta árdua, mas gratificante de fortalecimento institucional, especialmente nos municípios baianos". Para a subcoordenadora da 3ª Regional, em Ilhéus, Sílvia Tavares, a posse dos novos colegas vai minimizar as dificuldades enfrentadas pelos defensores que atuam no interior da Bahia: "Nossa demanda diária é de 180 a 210 assistidos. Além de Ilhéus, atendemos as cidades de Maraú, Itacaré, Una e Canavieiras. Temos apenas sete defensores atualmente, quando, na verdade, precisaríamos de pelo menos 11".

Representando o governador da Bahia, o procurador geral do Estado, Rui Moraes, destacou que o quadro atual da Defensoria Pública é claramente insuficiente e que, em razão disso, a chegada de novos integrantes é motivo de celebração e vitória. "Embora não atenda ainda as nossas demandas, é um importante começo, uma real conquista", declarou ele.

Durante seu discurso de boas vindas aos novos defensores, a defensora pública geral, Célia Padilha enfatizou a causa que cada um deve abraçar, priorizando a missão social, para além da carreira: "Temos uma causa e ela é libertária e socialmente justa: é a causa de milhões de baianos em situação de extrema pobreza; é a causa de crianças e adolescentes vulneráveis; é a causa das mulheres em situação de violência doméstica e familiar; é a causa que dirime conflitos familiares; é a causa que busca atender e assegurar direitos às pessoas encarceradas; é a causa que visa banir as extremadas desigualdades sociais e opressões que ainda fazem de algumas pessoas menos ‘sujeitos de Direito' do que outras".