O envelhecimento da população mundial se apresenta como uma questão contemporânea que merece debate e atenção. Porém, a sociedade, apesar das constantes abordagens da temática, parece não se preparar ou pensar na própria velhice. Para debater acerca das Instituições de Longa Permanência para Idosos, locais onde muitas famílias que não têm condições de manter o idoso em casa deixam seus entes, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA realizou nesta quarta-feira, 14, o 1º Fórum Temático sobre Instituições de Longa Permanência para Idosos – ILPIs.

"A ideia do Fórum surgiu a partir das visitas as ILPIs. Buscamos os diversos órgãos e instituições responsáveis pelo atendimento, pela fiscalização e pela concessão de alvará as Instituições de Longa Permanência para que cada um dentro do seu âmbito de atuação pudesse explicar aos responsáveis técnicos qual a natureza da sua atribuição", explicou a subcoordenadora da Especializada de Proteção à Pessoa Idosa, Laise Carvalho.

Na ocasião, foi apresentado um mapeamento das instituições em Salvador realizado pela Especializada através das assistentes sociais Sheyla Paranaguá, Raisa Aquino, da psicóloga Marina Moura e da estagiária de Serviço Social Lorena Silva. Perfil das instituições, profissionais no local, perfil dos residentes, alimentação, dentre outros aspectos, foram abordados no estudo.

Quanto à estrutura física foi constatado que 16 das 19 instituições que responderam o questionário são adaptadas com rampas, o que contribui na acessibilidade. Até o momento foi constatado que a maioria dos locais abrigam mulheres negras e maiores de 60 anos. Já em relação a um programa de educação permanente na área de Gerontologia somente 5 delas possuem. Dos 19 pesquisados, em 12 os responsáveis técnicos tem nível superior, em 5 não tem e em 2 estão em andamento.

De acordo com a defensora pública Laise Carvalho, o questionário intitulado "Perfil das ILPIs no município de Salvador" foi autodeclarado (passadas pelos responsáveis das instituições) com o objetivo de promover uma aproximação com os responsáveis técnicos para que a partir daí o diálogo construído auxilie na regularização das instituições.

A assistente social da DPE/BA e responsável pela apresentação do estudo, Raisa Aquino, fez um alerta em relação a responsabilidade dos familiares. Pois, segundo ela, mesmo a pessoa idosa em uma Instituição de Longa Permanência o familiar continua sendo responsável por ele.

Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Urbanismo, Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza – SEMPS, Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado da Bahia, Secretaria de Saúde do Município, Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Coordenação de Saúde Mental do Munícipio de Salvador, Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso – DEATI, Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS, Serviço Brasileiro de Apoio às Pequenas Empresas – SEBRAE, Centro de Referência Estadual de Atenção à Saúde do Idoso – CREASI, Centro de Prevenção e Reabilitação do Portador de Deficiência – CEPRED e Mesa Brasil – SESC foram as entidades que apresentaram seus trabalhos durante o Fórum.