COMUNICAÇÃO

A política antimanicomial e hospital de custódia foram temas de live pela Defensoria

01/06/2020 18:53 | Por Vanda Amorim DRT/PE 1339

A defensora pública Andrea Tourinho, mestre em Direito Penal, defendeu um olhar da saúde mental ao invés do penal para pessoas com transtorno mental que cometem crimes

As dificuldades enfrentadas pelas pessoas com transtorno mental que cometem algum crime foram abordadas na #LiveDPEBahia desta segunda-feira, 01 de junho, no perfil da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. A política antimanicomial e a decisão do Ministério da Saúde de extinguir o Serviço de Avaliação e Acompanhamento de Medidas Terapêuticas Aplicáveis
à Pessoa com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (confira AQUI) foram os temas principais.

Mestre em Direito Penal e com atuação na área, a defensora pública Andrea Tourinho, apresentou o quadro na Bahia do cumprimento de medidas de seguranças pelas pessoas que têm transtorno mental e cometem algum crime. No estado só existe uma única unidade para onde são destinadas estas pessoas – o Hospital de Custódia e Tratamento – HCT, que tem hoje sob sua responsabilidade 162 interno, entre eles 10 mulheres. Mais de 90% é assistida pela Defensoria Pública.

Andrea Tourinho falou sobre abandono social dessas pessoas, do tratamento diferenciado que recebem em relação às pessoas que são condenadas e têm a privação da liberdade. “Ao contrário da Execução pena, a medida de segurança não prevê visita íntima, progressão de regime e nem saída temporária”, ressaltou a defensora pública.

“Estas pessoas, que são inimputáveis, deveriam ser vistas pelo olhar da saúde mental, não pelo penal”, defendeu Andrea.

A entrevista com a defensora pública, conduzida pela jornalista Vanda Amorim, pode ser conferida no IGTV do Instagram @Defensoria Bahia. Confira na íntegra clicando AQUI