A capacitação objetivou o aprimoramento no atendimento aos assistidos e na qualificação dos membros da Defensoria Pública, possibilitando a inclusão cidadã das pessoas com deficiências auditivas

Sob os olhares atenciosos da instrutora Marlene Cardoso e do monitor Josnam Fábio, 31 membros da Defensoria Pública da Bahia realizaram na última sexta-feira, a prova final do curso básico de Libras (Língua Brasileira de Sinais), promovido pela Escola Superior da instituição - Esdep. Foram 10 encontros para a capacitação de servidores e defensores públicos na linguagem dos sinais.

Após realizar a 2ª etapa do exame, onde uma prova em dupla avaliou o desempenho no diálogo dos participantes, a defensora pública Walmaria Fernandes falou sobre a experiência: "É importante trabalharmos com um universo de pessoas que precisam ser integradas. A Defensoria proporcionou uma excelente oportunidade de fazermos um curso para que pudéssemos nos comunicar com todas as pessoas".

CLAREZA E SEGURANÇA

Para a instrutora Marlene Cardoso, a atividade é um passo histórico no acesso à Justiça para pessoas com deficiência. "A pessoa com deficiência auditiva não procura a Defensoria Pública porque não sabe quem é o defensor público e, mesmo que saiba, quem garante que eles serão atendidos com clareza e segurança?", questionou ela. "Apesar de todo o desenvolvimento da educação especial e inclusiva, a sociedade dá passos mínimos em espaços largos e esse é um passo importante dado pela instituição", acrescentou a instrutora.

O servidor Marcos Batista, que participou de todos os encontros, vai utilizar o que aprendeu no dia-a-dia. "Trabalhando na Defensoria Pública nos relacionamos diretamente com as pessoas e esse curso básico já nos possibilita entender uma pessoa com deficiência auditiva, para que eu possa informar da melhor forma possível", contou ele, lembrando uma situação na qual teve dificuldade de atender um cidadão por não conhecer a linguagem dos sinais.