COMUNICAÇÃO

Alunos do curso de mediação aprendem a importância da forma de se comunicar para prevenção de conflitos

03/08/2017 20:34 | Por Elaine Lima (estagiária) - * Com supervisão de Vanda Amorim DRT/PE 1339

Noventa por cento dos conflitos são gerados pelo tom de voz utilizado e não pelo que foi dito

 

A Comunicação e suas maneiras de ajudar ou não um conflito, foi o tema do terceiro dia do curso de Mediação Comunitária promovido pela Escola Superior da Defensoria – DPE/BA, na tarde desta quinta-feira, 3. Segundo dados apresentados pela advogada e palestrante do curso Maria Victória, 90% dos conflitos são gerados pelo tom de voz utilizado e não pelo que foi dito. O fundamental para ela é ter muito cuidado com as palavras. “Hoje aqui estou plantando somente uma semente, vocês que serão importantes para multiplicar e aplicar em suas comunidades”, afirmou a advogada.

 

A forma de se comunicar e os reflexos que ela exerce nas pessoas, foram alguns dos ensinamentos do curso de mediação comunitária. As funções e os modelos de mediação também foram abordadas, a exemplo do o modo como o mediador deve dialogar com respeito com as partes envolvidas, a forma como ele motiva a criatividade na procura de soluções e o auxílio necessário para as partes descobrir seus reais interesses.

 

Lúcia Vasconcellos aproveitou o debate sobre comunicação para ressaltar a importância da mediação em crianças e adolescentes. “Não devemos focar só nos membros adultos da família; os adolescentes também são muito importante. Muitas vezes são eles que estão mais vulneráveis”, ressaltou Lúcia.

 

Felipe Castro, advogado e um dos palestrantes do dia, contou um pouco da sua experiência no Centro Judiciário de Solução Consensual de Conflitos – CEJUSC, e exemplos de algumas das mediações realizadas por ele.  Já Milca Martins, trouxe um pouco da sua experiência diária no Sindicato dos Trabalhadores Domésticos, onde recebe muitos trabalhadores que compartilham suas histórias. Sua formação como mediadora de conflito vem para ajudar ainda mais a quem precisa de orientação: “Vim para o curso para aprender a lidar com os casos que chegam até nós. Vou conseguir também ajudar no meu bairro Mata Escura, que tem muitos casos de conflitos familiares”.