COMUNICAÇÃO

AMARGOSA – Espaço de leitura colaborativa é criada na sede da Defensoria no município

09/03/2020 17:03 | Por Leilane Teixeira - estagiária, sob supervisão de Arthur Franco

A ação tem por objetivo promover o conhecimento a todo corpo funcional da instituição

Que o hábito de ler proporciona benefícios profissionais e pessoais já não é novidade. Com isso, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA acaba de dar mais um passo na ampliação de conhecimento, instalando, na sede de Amargosa, um espaço de leitura colaborativa Maria Felipa, cujo objetivo é democratizar o acesso a livros para todos que trabalham na instituição e estimular o senso crítico, em especial a temas como racismo institucional, gênero e diversidade, desigualdade social, dentre outros.

A iniciativa partiu das defensoras Júlia Abreu e Clarissa Verena, contando também com o apoio de todo corpo funcional da DPE/BA da cidade de Amargosa. Para Júlia, a criação do espaço é o primeiro passo para conhecer melhor a situação do outro e poder prestar um atendimento mais humanizado. “Acredito ser uma iniciativa importante, tendo em vista que, além das defensoras, também os servidores e estagiários da unidade têm contato diário com os assistidos e precisam se munir de informações, bem como, desenvolver reflexões sobre assuntos tão caros à atuação da Defensoria Pública”.

O nome do espaço de leitura foi escolhido estrategicamente para fortalecer, cada vez mais, a ligação da figura de mulheres negras como produtoras do saber, do conhecimento, e, assim, valorizar mais as constituições ancestrais na formação sociocultural. “Sem dúvidas, Maria Felipa, como tantas outras mulheres negras, foi uma grande guerreira apagada e silenciada da história. Portanto, colocar nossa biblioteca colaborativa em seu nome é justamente para homenagear essa grande mulher negra que representa resistência, estratégia e a força quilombola”, explicou a defensora Clarissa Verena.

Estão disponíveis livros como “Mulheres, Raça e Classe”, de Angela Davis; “Na minha pele”, de Lázaro Ramos; “Capitães da Areia”, de Jorge Amado; “Insubmissas Lágrimas de Mulheres”, de Conceição Evaristo; “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro; “No seu pescoço”, de Chimamanda Ngozi Adiche, dentre outros títulos. Outras doações também podem ser feitas.