COMUNICAÇÃO

AMARGOSA – Defensoria participa de palestra em colégio sobre Semana da Consciência Negra

22/11/2019 22:45 | Por Lucas Cunha - DRT/BA 2944

Ação no CETEP Vale do Jiquiriçá discutiu com os alunos temas como a importância de uma postura antirracista na sociedade

A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA em Amargosa participou de uma palestra sobre a Semana da Consciência Negra no Centro Territorial De Educação Profissional (CETEP) Vale do Jiquiriçá. As defensoras públicas Clarissa Verena e Julia Abreu representaram a DPE/BA na atividade, que ainda contou com a presença do promotor de justiça Ailson Marques.

As defensoras comandaram uma roda de conversa com os alunos, os quais relataram situações de racismo que vivenciaram. Outros estudantes, que se autodeclaram como brancos, afirmaram ter presenciado ações atitudes racistas como outros colegas, mas disseram não saber como agir em frente a esta situação. A partir desta afirmação, a defensora Clarissa Verena lançou a seguinte reflexão aos estudantes: “É preciso ser negro para ingressar na luta antirracista?”.

“É preciso falar sobre consciência negra. Tentei a todo momento incutir nos alunos a necessidade de adotarmos uma postura ativa e abandonarmos a inércia frente ao racismo. Como já dizia a ativista Angela Davis: ‘Não basta não ser racista, temos que ser antirracista'”, declarou Clarissa Verena.

No mesmo dia da palestra, na última terça-feira, 19, na parte de noite, o CETEP ainda promoveu um concurso para eleger a “Beleza Negra CETEP” com etapas de desfile e entrevista pessoal, perguntando às candidatas: “Por que você tem orgulho de sua negritude?”.

A vencedora do concurso foi a estagiária de ensino médio da Defensoria em Amargosa Patrícia Menezes dos Santos, que deu a seguinte resposta ao questionamento: “Porque carregamos em nossa cor uma história e, mesmo antes do meu nascimento, vieram pessoas que lutaram para que eu pudesse usufruir dos direitos. Antes da minha geração, tivemos muitas mulheres de luta como, por exemplo, Rosa Parks, que se recusou a se levantar do assento do ônibus para um branco ocupar, além de ter sido presa e condenada por esse ato. Portanto, meu orgulho por ser preta é que, além de uma história, ainda lutamos por semelhança por direitos raciais e respeito”, disse a estagiária da DPE/BA.