COMUNICAÇÃO
Após denúncia de racismo entre alunos, Defensoria da Bahia solicita providências ao Sartre
A instituição emitiu ofício perguntando sobre a estruturação do plano pedagógico da rede de ensino Sartre para combate ao racismo
Após o vazamento de conversas de tom racista entre alunos da Escola SEB Sartre, referindo-se aos negros como “macacos” e incitando a discriminação, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA solicitou que a rede de ensino informe acerca das providências adotadas. No whatsapp, de onde vazaram as mensagens, além dos xingamentos, os estudantes sugerem morte à população negra, em tom jocoso.
Em ofício enviado à coordenação do Sartre, nesta quinta-feira, 11, a instituição informa que é responsabilidade do Colégio a estruturação de um plano pedagógico para prevenir e coibir tais atos. Indica também que a omissão pode acarretar medidas administrativas ou judiciais, “inclusive de responsabilização pessoal, quando tinham o dever de agir”.
O documento é assinado pela coordenação de Direitos Humanos e pela coordenação da Criança e do Adolescente da Defensoria baiana. Solicitou também informações sobre o posicionamento do colégio acerca de práticas racistas e que fosse apresentada a forma que a instituição vem instrumentalizando o ensino antirracista, pela Lei 10.639 (que dá diretrizes e bases da educação nacional), para incluir no currículo a obrigatoriedade da disciplina História e Cultura Afro-Brasileira.
Em seu site, o Sartre publicou um comunicado informando que repudia veementemente “qualquer ação ou comportamento que desrespeite a dignidade das pessoas, incluindo atitudes discriminatórias e preconceituosas.”