COMUNICAÇÃO
As consequências da proibição do uso da maconha na medicina é tema do podcast da Defensoria da Bahia
Primeira parte do episódio ouviu uma professora aposentada por invalidez por causa das dores crônicas que sente e mostra como o canabidiol mudou seu quadro clínico. Também conversa com um defensor público sobre os impactos jurídicos da proibição, com um médico e um pesquisador da cannabis
Pacientes que sofriam com alzheimer, epilepsia, dores crônicas, câncer, depressão e dezenas de outras doenças tomaram um susto quando seus médicos e médicas avisaram que não poderiam mais prescrever o óleo de canabidiol ou outros produtos derivados da maconha, em outubro de 2022.
A substância que dava alívio e resultados positivos em diversos tratamentos de saúde foi proibida pelo Conselho Federal de Medicina, por pouco mais de 10 dias. Considerada arbitrária e retrógrada por especialistas, a resolução foi suspensa pelo órgão, diante da repercussão negativa, mas segue com risco de retorno.
Um levantamento feito pela Rede Jurídica pela Reforma da Política de Droga indica que até junho de 2022 havia ao menos 200 ações obrigando o Estado a custear a compra de medicamentos à base da planta para pacientes e 400 decisões autorizando que pessoas ou associações façam o plantio da Cannabis para fins terapêuticos.
O que acontece quando alguém começa a tomar medicamento à base de cannabis? Quais as propriedades do canabidiol? Dá barato? Por que esse medo da planta e como isso afeta o sistema de justiça e a aquisição de medicamentos pela via judicial?
No 15º episódio do Levante, além de ter respostas a todas essas questões, você vai ouvir a história da Chris Guimarães, professora que foi aposentada por invalidez por causa de problemas na coluna e dores generalizadas devido ao mau funcionamento do sistema nervoso. E saber o que ela sentiu ao usar o óleo de canabidiol durante o seu tratamento.
Quem esmiúça o assunto é o médico anestesiologista, especialista em dor e PHD em anestesiologia Túlio Alves; o defensor público Matheus Mazzilli, que já atuou em diversos processos judiciais para autorização de tratamentos com cannabis e representou a Defensoria em audiências públicas sobre a regulamentação da planta na medicina; e o botânico, pesquisador da cannabis, e primeiro presidente da Câmara de Empresas de Cannabis do Uruguai, Marco Algorta.
Vem para o Levante!
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