COMUNICAÇÃO

Assistência Social, Saúde e Segurança Pública foram os temas de encerramento do seminário voltado para pessoas em situação de rua

01/12/2017 21:51 | Por Daniel Gramacho DRT/BA 3686

O resultado da pesquisa servirá para subsidiar atuação dos defensores públicos nas diversas Especializadas da Instituição

Com participações de personalidades de destaque na luta pelos direitos das pessoas em situação de rua, na capital baiana, como o Doutor Antônio Nery, chegou ao fim hoje, 1º, o ‘Seminário Cartografia dos desejos e direitos: quem são as pessoas em situação de rua, afinal?’, realizado no auditório das Dorotéias, no bairro do Garcia.
A defensora pública Eliana de Souza Batista Cavalcante Reis participou da mesa sobre Saúde Pública, onde fez uma apresentação sobre o sistema de saúde em uma perspectiva nacional. Já o defensor público Bruno Moura fez parte da última mesa do seminário que abordou a Segurança Pública.
Para a subcoordenadora da Curadoria Especial da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, Mônica Aragão, o resultado final do seminário e da pesquisa apresentada foram de grande valia para atuação da DPE/BA. “Assistimos aqui nesses dois dias a apresentação do diagnóstico, que de fato explicou quem é essa população que está nas ruas, como ela se comporta, e a crítica na realidade sobre como essas políticas públicas são postas, de modo que não atendem mais essa população. Temos que parar agora para pensar em novas políticas para alcançar essa população”, considerou Mônica Aragão.
A coordenadora do Movimento Nacional da População de Rua – MNPR, Maria Lúcia Santos Pereira da Silva, considerou que a pesquisa trouxe um embasamento científico para poder exigir dos poderes governamentais a implementação de necessidades verificadas na pesquisa.
Maria Lúcia defende também que a maior bandeira das pessoas em situação de rua é a moradia. “A gente entende que os albergues na situação em que se apresentam já não contemplam mais as pessoas em situação de rua. O povo não quer mais estar dormindo todo mundo junto, são pessoas adultas que não podem ter um relacionamento, não podem ficar com seus filhos, é complicado. Dizer para uma pessoa de 30 ou 40 anos que ela tem hora para chegar e hora para sair, que não pode namorar com A e com B, quando chega uma família eles são separados, homem para um lado, mulher para o outro, filho no Conselho Tutelar, isso fragiliza a situação das pessoas, por isso que a gente diz, moradia em primeiro lugar”, afirmou Maria Lúcia.
De acordo com Mônica Aragão a pesquisa contempla diversas áreas de atendimento da Defensoria Pública, Família, Habitação, Saúde, Infância e Juventude, devendo ser encaminhada para todos os defensores públicos para servir de subsídio em suas funções.