A Defensoria Pública do Estado da Bahia participou nesta segunda-feira, 21, de audiência pública com o objetivo de discutir a inserção da população em situação de rua no mercado de trabalho. O evento, que aconteceu no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia – ESDEP – reuniu representantes da administração municipal e estadual, além de membros dos movimentos sociais e sociedade civil.

“Há seis anos não tinha nada direcionado para a população de rua, a única coisa que tinha era viver da caridade de pessoas solidárias. As ruas não foram feitas para morar ou dormir. Foram feitas para passear, namorar, brincar, curtir, mas não para viver. O que faz com que as pessoas cheguem a esta situação é justamente a falta de políticas públicas”, desabafou a coordenadora do Movimento Nacional da População de Rua Maria Lucia Santos Pereira.

Coordenadora da Equipe Pop Rua, a defensora pública Fabiana Miranda destacou que atualmente o maior desafio é fazer com que o Direito ao Trabalho e Renda e os órgãos e entidades que já existem se adaptem a vulnerabilidade da população em situação de rua por conta da burocracia, do estigma e preconceito que atingem esse grupo.

Para o superintendente regional do Trabalho na Bahia, José Maria Dutra, investir na economia solidária que vem se apresentando, nos últimos anos, como inovadora possibilidade de geração de trabalho e renda, seria uma resposta a favor da inclusão social das pessoas em situação de rua.

A vereadora Vânia Galvão, responsável por promover a audiência pública, disse estar otimista diante dos pontos discutidos. Para ela, foi uma oportunidade para ampliar a discussão e fazer com que as reivindicações cheguem até as autoridades responsáveis, e os direitos da população em situação de rua sejam garantidos.