Para levantar demandas socioassistenciais e socioambientais, notadamente aquelas que se dão no contexto de implantação do Parque das Dunas de Abrantes, a Defensoria Pública do Estado da Bahia se reuniu com lideranças e moradores de comunidades tradicionais no distrito de Abrantes, no município de Camaçari.

Criado há 41 anos na Área de Proteção Ambiental Joanes/Ipitanga, o Parque Dunas de Abrantes não foi implementado até hoje, ao tempo que há ocupação de sua área com empreendimentos imobiliários.

Além da utilização responsável e da preservação do espaço ecológico, é a possibilidade de seguir desfrutando da área sem empecilhos das administrações dos condomínios que lá estão se instalando que tem gerado apreensões entre os moradores das comunidades tradicionais de terreiros, quilombolas, lavadeiras, pescadores e indígenas.

“É importante que a Defensoria Pública visite as comunidades, conheça de perto as dificuldades enfrentadas pela população em situação de vulnerabilidade e verifique as reivindicações e situações existentes. No que tange à implantação do Parque das Dunas, será organizada uma audiência pública e será criado um Grupo de Trabalho multidisciplinar para acompanhar o desenvolvimento da questão”, afirmou o defensor público Lucas Silva Melo, que atua no município

O encontro ocorreu no Centro Educacional Marquês de Abrantes na manhã da última terça-feira, 7. Estiveram presentes o presidente da Associação Cultural e Inclusão Social, Marcos Anunciação; o presidente do conselho municipal de cultura de Camaçari e líder do terreiro Unzó Tatêto Lembá, Táta Ricardo Tavares; as Lavadeiras da Fonte histórica de Abrantes; moradores da Comunidade da Fonte da Caixa; além de servidores da Defensoria Pública.