Ampliação do acesso da população à Defensoria Pública? Buscar alternativas à prisão, tendo em vista a superlotação carcerária? Fortalecer a oferta de serviços ligados aos grupos vulneráveis? Intensificar a atuação na área de Educação em Direitos? Com o objetivo de verificar quais as principais demandas da população de Camaçari em relação à Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA ocorreu nesta segunda-feira, 7, a Conferência Pública para o Orçamento Participativo 2019.

Em sua fala, a coordenadora executiva das Regionais, Soraia Ramos, destacou o pioneirismo da Defensoria Pública da Bahia por ser primeira instituição do sistema de justiça que busca a opinião e participação da sociedade na construção do orçamento: “Isso é uma expressão de democracia. Temos que lutar para que seja assim com o prefeito, vereadores, deputados e judiciário”. Os defensores públicos Fábio Martinez, Ricardo Alcântara, Verônica de Andrade e Valéria Teixeira também participaram do evento.

“Quando falamos de garantia de direitos sabemos muito bem de quem estamos falando. Quando se trata de justiça qualificada sabemos quem é a classe menos favorecida. Sabemos quantas mães choram por não ter condição de proteger os filhos. Por isso é essencial termos a Defensoria Pública ao nosso lado”, disse a representante no munícipio do Grupo Operativo (GO) da Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública da Bahia, Célia Magna.

A ialorixá Ivonete Mota participou do evento e solicitou apoio da Defensoria Pública nas demandas da área de saúde. De acordo com ela, pacientes com câncer estão há mais de um ano na fila de espera sem conseguir realizar um exame de ultrassom para acompanhar o desenvolvimento da doença. Já Rosilda Carrilo, guarda municipal do estado de Roraima, compareceu a conferência pública acompanhada de um grupo de colegas de profissão com a intenção de solicitar o apoio da Defensoria na interlocução com as autoridades para a reimplantação da Guarda Municipal em Camaçari, extinta há 20 anos.

“Os defensores públicos são guerreiros do dia a dia. Nós, como membros da sociedade precisamos exigir e ser mais contundentes nas cobranças para que seja feito o investimento que a Defensoria Pública necessita. A Defensoria é um braço da sociedade, mas para que funcione é preciso que a sociedade saia da inércia”, destacou o advogado Antônio Gil.

As próximas Conferências Públicas acontecerão dia 10 de maio em Barreiras, Alagoinhas e Esplanada. Na sexta-feira, 11, será em Lauro de Freitas.