COMUNICAÇÃO
Campanha Infância sem Racismo da Defensoria alcança o interior através da Unidade Móvel e cartazes são distribuídos para as escolas
Edição 2022 da campanha traz como novidade a concessão do selo “Escola Antirracista”
Além de estar estampada em outdoors, busdoors, redes sociais, rádio e televisão, a Ação Cidadã Infância sem Racismo, da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, começa a alcançar também o interior do Estado. Quem está ajudando nesta divulgação da edição 2022 da campanha é a Unidade Móvel de Atendimento da Instituição, a UMA, que voltou à estrada há duas semanas. Com o mote “Se ninguém nasce racista, me ensina a fazer um futuro diferente?”, a campanha traz como diferencial, este ano, a concessão do selo “Escola Antirracista”.
Durante a atuação da UMA em Mascote, no dia 4 de abril, e em Firmino Alves, nesta quarta-feira, 6 de abril, a coordenadora do Núcleo de Integração da Defensoria [que gerencia as atividades da Unidade Móvel], Cristina Ulm, reuniu-se com as respectivas secretárias municipais de Educação para entregar os ofícios expedidos pelo Gabinete da DPE/BA e também distribuir os cartazes da campanha.
“Tenho o compromisso pessoal de levar a campanha Infância sem Racismo por onde a nossa Unidade Móvel passar. A educação transforma o mundo e, como a própria campanha diz, o racismo deve ser combatido desde a infância. Vocês, educadores, são fundamentais para construir uma escola antirracista e, neste ano de 2022, a Defensoria vai conceder este selo”, explicou a coordenadora, enquanto incentivava a participação.
Contando a sua própria experiência como vítima de racismo, a secretária de Educação de Mascote, Patrícia Silva Santos, lembrou da época em que frequentava a escola ainda criança e prometeu trabalhar a campanha com os alunos, as famílias e a sociedade. “Já sofri muito preconceito como, por exemplo, não apresentar trabalhos por causa da minha cor. Eu era aquele ‘bicho do mato’ que vivia no cantinho da sala. A educação mudou minha vida e, agora, adulta, educadora e secretária de Educação faço de tudo para evitar que isso aconteça com outras crianças. Somos agentes de transformação e precisamos fazer jus a isso”, garantiu Patrícia, já assegurando que as escolas de Mascote serão candidatas ao selo.
Também confirmando que as escolas de Firmino Alves entrarão na disputa pelo selo, a secretária Maria José da Hora Santos confirmou que, realmente, faz toda a diferença conscientizar, desde criança, a ideia de que todos são iguais. “Precisamos combater, ainda mais, o preconceito: ele não está diminuindo, só está oculto. A infância é a melhor idade para fazer esta conscientização, pois, desde pequeno, é preciso aprender a respeitar o outro e entender que todos são iguais. Uma criança com essa consciência cresce respeitando o outro e, com certeza, vai ser um adulto com o coração e a mente saudáveis e livre de qualquer preconceito”, afirmou a secretária, que também levou exemplares e reproduzirá a cartilha “Nossa Querida Bia” para abordar, nas salas de aula, o tema enfrentamento ao racismo.