As candidatas ao cargo de ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, Diva Santana e Vilma Reis, apresentaram, na manhã desta segunda, 24, as suas propostas para o biênio 2017 – 2019. Conduzida pela comissão eleitoral, a sessão pública foi realizada no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública – ESDEP e contou com a participação do subdefensor público geral, Rafson Ximenes, do presidente de Associação dos Defensores Públicos da Bahia – Adep, João Gavazza, da Comissão Eleitoral e de representantes da sociedade civil.

A ordem de apresentação foi definida por sorteio e a primeira candidata a defender sua candidatura e apresentar as propostas foi a socióloga Vilma Reis, que disputa a reeleição. Com a campanha intitulada "Sem Ouvidoria Externa não há democracia na justiça", a candidata apresentou propostas ligadas à ampliação do acesso dos baianos à justiça, mobilizações entre os movimentos sociais, ações do grupo operativo, processo de inovação da Defensoria, planejamento estratégico, defesa de políticas públicas de proteção aos direitos humanos e a construção da política de fortalecimento e ampliação da DPE no interior do estado da Bahia. "Este é um tempo de revolução e a sociedade precisa ter vez e voz", ressaltou Vilma.

Em seguida, foi a vez da militante do grupo Tortura Nunca Mais, Diva Santana. A candidata prometeu ampliar e fortalecer a Ouvidoria no interior do estado, reforçar o papel da ouvidoria como elo da sociedade com a instituição, manter parcerias com a sociedade civil, aprimorar os mecanismos de acompanhamento das demandas, acompanhar a celeridade dos atendimentos, zelar pela ética e humanismo, garantir a escuta qualificada, firmar parcerias com os diversos órgãos e a sociedade, aprimorar os meios de aproximação da sociedade com a defensoria, fortalecer a atuação dos grupos operativos e divulgar, através de cartilhas e peças de comunicação, o trabalho da ouvidoria. "Precisamos levar informação à população e construir uma democracia na qual todos tenhamos os mesmos direitos", destacou a Diva Santana.

Na segunda parte da sessão, o público presente teve a oportunidade de fazer perguntas às candidatas. Foram abordados temas como orçamento público, políticas públicas, a articulação com outras instituições, diálogo com movimentos sociais, segurança pública, moradia, zona rural e violência contra a mulher. "Quando a Defensoria Pública comprou esta batalha para implantar uma ouvidoria externa houve muita resistência por parte de outros órgãos, mas tínhamos a certeza de que, momentos como este aqui, aconteceriam. Quando abrimos para a escuta, ficamos mais fortalecidos e isso enriquece o nosso trabalho. A Defensoria tem um lado e o lado dela está aqui", contou o subdefensor público geral, Rafson Ximenes.

"A participação da sociedade civil foi um marco e permitiu que as apresentações tivessem esta amplitude", observou a presidente da Comissão Eleitoral, Rita Orge, que integra a comissão com as defensoras Camila Canário (1ª secretária) e Helaine Pimentel (2ª secretária).

O próximo passo será a formação da lista tríplice, que contará com a participação de representantes das entidades civis habilitadas e está marcada para a próxima quinta-feira, 27, das 8 às 17h, também no auditório da ESDEP, no bairro de Canela.