COMUNICAÇÃO

Candidatos para o REDA buscam inserção no mercado e fonte de renda

13/04/2008 19:11 | Por

O total de 5.868 pessoas concorreu hoje, domingo, 13, para as 96 vagas disponibilizadas pela Defensoria Pública (DPE) através da seleção via Regime Especial de Direito Administrativo, realizada em parceria com a Universidade do Estado da Bahia (Uneb). No geral, foram 1.557 abstenções, um número considerado alto, que corresponde a 20% dos inscritos.

Porém, estes dados, divulgados quase duas horas após o início das provas, foram sinônimos de alívio para os que permaneceram no páreo, tendo em vista os altos índices de concorrência divulgados pela Uneb na última sexta, 11 - sobretudo para os que disputam as vagas para Agente Administrativo (Nível Médio), que chegou a registrar 113 candidatos para uma vaga. Para Analista Técnico, essa proporção ficou em 34 para um e motorista, em 48 para uma vaga.

Desde cedo, as portas dos nove colégios onde aconteceram as provas estavam lotadas. No Dr. João Pedro dos Santos, na Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), por exemplo, desde 11h30 já havia candidatos esperando a abertura dos portões, o que ocorreu pontualmente às 13h30. A maioria dos concorrentes entrevistados busca na seleção oportunidades de conseguir experiência na área da Administração Pública, de inserção no mercado de trabalho e de obtenção de renda.

"Penso em atuar em contabilidade pública e esta seleção vai me dar experiência e ânimo para participar de outros concursos", disse Lídia Vanessa, 24, formada em contabilidade desde 2006, e que saiu do último emprego há cerca de um mês. O mesmo relatou o publicitário Frederico Magalhães, 24, graduado em Comunicação pela Universidade Católica de Salvador, enquanto aguardava o começo das provas: "busco um emprego público e uma fonte de renda".

As provas foram consideradas pelos candidatos como elaboradas num nível "razoável". Na opinião do músico Lázaro Antônio Cerqueira de Araújo, 31, que tenta uma das 50 vagas para Agente Administrativo, a parte mais difícil foi a de Legislação. "Foi uma prova ‘meeira'. Nem fácil nem difícil", declarou ao deixar uma das salas do Colégio Governador Roberto Santos, no Cabula.

Durante a tarde de hoje, enquanto o exame seletivo estava sendo aplicado, a defensora geral, Tereza Cristina Almeida Ferreira, e o subdefensor público-geral, Clériston Cavalcante de Macedo, estiveram visitando alguns locais de prova, conversando com os coordenadores e mostraram-se satisfeitos com a organização e procedimentos do concurso. "Os que vão entrar vão nos auxiliar nesse processo de crescimento que encontramos. A Defensoria precisa avançar", destacou Tereza Cristina, reafirmando a importância do começo dos estudos para construção da carreira própria do órgão.