Crianças perdidas, trabalho infantil, adolescentes sem vinculo familiar estão entre as principais demandas dos Conselhos Tutelares instalados nos circuitos do Carnaval até agora. Do início do Plantão de Carnaval da Defensoria Pública da Bahia, quinta-feira (11), até as 22h da última segunda-feira (15), já foram adotadas um total de 42 medidas em favor de adolescentes. Nestes cinco dias de atuação na festa momesca foram encaminhados 36 menores para a família, sob assinatura de termo de responsabilidade, e outros estão na Case Salvador – Comunidade de Atendimento Sócioeducativo.

Em itinerância realizada pelos defensores públicos aos Conselhos Tutelares, foi constatada a precariedade das instalações para acolher os menores, o que facilitou a fuga dos jovens que estavam abrigados no posto do Conselho instalado no circuito Batatinha no domingo (15) de Carnaval. Já no posto instalado na Igreja Santa Terezinha, na Centenário, os jovens encaminhados para o local compartilham o espaço com policiais, que utilizam algumas salas para vestuário.

De acordo com a defensora Maria Auxiliadora, que esteve na tarde desta terça-feira (16) no Conselho do Largo Dois de Julho, a falta de transporte e segurança para os profissionais e menores são os principais problemas. “Observamos que falta sinalização, móveis adequados e o lanche distribuído, assim como a água, não são suficientes para profissionais e jovens. Faltam ainda, assistentes sociais e psicólogos, essenciais para atuarem junto a esses adolescentes, entender o seu problema e ressocializá-lo”, pontua.