COMUNICAÇÃO

CARNAVAL 2011 – Família de recém-nascido procura Defensoria para garantir cirurgia

08/03/2011 17:11 | Por

O pequeno S.J tem quatro dias de nascido e já passa por graves problemas de saúde. O garoto tem tetralogia de Fallot, um defeito congênito do coração que consiste em quatro anomalias, que resultam em sangue insuficientemente oxigenado bombeado para o corpo. Um das causas para crianças nascerem com problemas cardíacos está relacionada a idade acima de 40 anos. É o caso da mãe do garoto, Ilda de Jesus Amorim, que aos 41 anos teve seu primeiro filho.

A Defensoria foi procurada no Canela na tarde de hoje (07), onde está de plantão neste Carnaval, pela prima e tia da criança, Graziela e Celina Amorim, para solicitar intervenção jurídica e resolver a situação da criança. “Ele está com risco iminente de morte, precisa urgentemente realizar a cirurgia cardíaca, mas a maternidade José Maria de Magalhães não tem capacidade para realizar o procedimento que ele necessita”, declarou Graziela.

Para agravar ainda mais a situação do garoto, ele nasceu sem ânus e por esse motivo está com sua alimentação comprometida. A cirurgia para regularizar este problema só pode ser feita após a cirurgia cardíaca, já que os médicos afirmam que ele poderá não suportar, por causa da debilidade no coração, um procedimento cirúrgico.

As defensoras Maria Auxiliadora, Maria Betânia Ferreira e Clécia Moura entraram em contato com a Central de Regulação da Secretaria de Saúde para tentar, de forma administrativa, uma vaga para realização da cirurgia, “não tivemos êxito, segundo o órgão não existem vagas disponíveis na rede pública para realizar a cirurgia”, declarou Clécia.

A orientação dada a Graziela e Celina, que estão representando a mãe da criança que, segundo elas, está em estado de choque, é de que traga ainda durante o plantão de hoje, toda documentação da mãe da criança e o relatório médico que consta a iminência de morte e a urgência de realização da cirurgia. “Assim que elas retornarem, entraremos com uma ação ordinária de obrigação de fazer contra o Estado, para que a cirurgia possa ser realizada na rede privada”, reforça a defensora Maria Auxiliadora.