COMUNICAÇÃO

CARNAVAL 2012 – Defensoria participa de ato da SPM em prol do respeito às mulheres

20/02/2012 21:15 | Por

Com palavras de ordem como “Violência contra a mulher é crime” e “Respeito as mulheres”, o tradicional afoxé Filhos de Gandhy espalhou mensagem de paz pelos quatro cantos da avenida neste domingo (19) no Carnaval de Salvador. O combate às diversas formas de violência contra o público feminino foi o tema deste ano do bloco, que desfila com quase 10 mil homens. Apesar do tema, a Defensoria Pública já vem identificando, todos os anos, agressões contra mulheres por parte dos Ghandy e também dos foliões das Muquiranas.

“A troca do colar por um beijo muitas vezes não é consensual. Já no bloco de travestidos percebemos uma maior violência por parte dos homens quando abordam as mulheres”, destaca a defensora Walmary Pimentel.

Foi o caso da jornalista Ivana Dorali Feijó, que estava a trabalho, no Campo Grande, a procura do fotógrafo que a acompanhava e foi abordada por um folião do Bloco As Muquiranas. “Ao tentar impedir que ele disparasse água em mim com uma pistola de brinquedo, ele acabou me batendo e empurrando, além de ter puxado meu cabelo. Fui humilhada e desrespeita como mulher e profissional”, declara Ivana. A Defensoria encaminhou a assistida para realizar exame de corpo delito, através de autoridade policial.

Observatório

Ainda ontem, no posto da Defensoria no Observatório da Discriminação Racial, o casal Luiz Augusto Cerqueira e Ana Célia Leite, filha e filho de Ghandy, procuraram as defensoras de plantão para registrar queixa contra a forma de abordagem de um coordenador do bloco que, segundo eles, teriam obrigado Célia a sair do bloco a força e ameaçado tomar a roupa de Luiz. “Ele disse que iria tomar minha fantasia, mas não consegui identificar o nome dele, já que não quis me dizer e não tinha crachá. Estou aqui para prestar queixa contra o tratamento que recebi”, declarou Luiz Augusto às defensoras Firmiane Venâncio, Fabiana Almeida, Maria Betânia Ferreira, e Melisa Teixeira, que vão oficiar o bloco sobre o ocorrido.

Já no Bloco Inter, a defensora Walmary identificou cordeiros trabalhando sem luvas, de sandália e, garotos, aparentemente de menor, que ao perceber a ação da Defensoria se afastavam das cordas, onde estavam trabalhando como cordeiros. Os cordeiros relataram ainda que só foram entregues duas águas e nenhum lanche foi distribuído.