Parentes de Paulo César Lins Filho, 20 anos, acusado de ter cometido homicídio na madrugada do último sábado, na Barra, estiveram na sede da Defensoria Pública, no Canela, pleiteando medidas de salvaguarda do acusado. Eles estavam preocupados com a situação incerta que paira sobre o crime, pois até a noite de ontem o mandado de prisão preventiva, que teria sido decretado pela Justiça, não havia chegado às mãos dos defensores.

Segundo o defensor Alan Roque, que está cuidando do caso, a notícia é que Paulo teria sido preso em flagrante e que havia um mandado de prisão preventiva decretado contra ele. Porém, até o momento, este não tinha chegado às mãos do defensor. “Estamos aguardando a cópia do mandado para estudar a melhor medida a ser adotada, sendo que a provável é que entremos com um pedido de habeas corpus no sentido de desconstituir a preventiva”, salientou o defensor.

O crime do qual Paulo César está sendo acusado teve repercussão internacional, pois seria um único homicídio registrado no circuito do Carnaval de Salvador até agora. Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública, Paulo se envolveu em uma briga com Iago de Jesus Santos, 19 anos, por volta das 3 horas da madrugada de sábado, esfaqueando-o. O ferimento acabou levando a vítima a óbito. Logo depois do crime, a SSP divulgou o retrato falado do acusado, sendo este preso na noite seguinte, no mesmo local da Barra.

Na tarde de domingo, após a prisão de Paulo, membros da Defensoria Pública estiveram na sede da Delegacia de Homicídio, na Pituba. Naquela ocasião, não puderam ter acesso ao detido. Na manhã de ontem, no entanto, os parentes foram até a sede da Defensoria solicitar atendimento, pois declararam não ter condições de contratar um advogado. O acusado será atendido gratuitamente pela instituição.