COMUNICAÇÃO

CARNAVAL 2017 – Plantão da Defensoria leva alento a famílias em casos de saúde

26/02/2017 15:17 | Por

Desde a quinta-feira, 26, a Defensoria solucionou dois casos extrajudicialmente e conseguiu três liminares

A atuação da Defensoria Pública do Estado da Bahia no Plantão do Carnaval tem trazido apoio e esperança a famílias de pacientes que necessitam de atendimento de emergência. Neste final de semana duas famílias que não conheciam os serviços da Defensoria foram orientadas por amigos ou desconhecidos a procurarem a instituição quando já não sabiam a quem pedir ajuda. Através de ações extrajudiciais a equipe plantonista de defensores públicos e servidores conseguiu beneficiar Iolanda Pereira Bastos, que precisava sair da UPA do Cabula para um hospital devido a alto risco de morte, e Jorge Antônio Rocha Souza, que necessitava de transferência do Hospital do Subúrbio para uma unidade hospitalar com centro de terapia hiperbárica. O Plantão da Defensoria está funcionando na Rua Pedro Lessa, 123, Canela, das 9 às 21 horas. Contatos podem ser mantidos através dos telefones 3116-0511 e 9 9913-9108.

O trabalho da equipe da Defensoria Pública para beneficiar Iolanda Pereira Bastos, de 51 anos, começou na quinta-feira à tarde, quando iniciou o Plantão do Carnaval. Natural de Itatim, a paciente veio do interior e estava na UPA do Cabula com grave quadro de saúde, necessitando de transferência para um hospital onde pudesse receber cuidados mais especializados. De acordo com seu filho Lucas Bastos Guedes, após baterem em diversas portas foram orientados a procurar a Defensoria. A princípio as defensoras públicas Janaína Canário e Isabel Neves entram com ação judicial solicitando vaga na UTI, conseguindo liminar do Poder Judiciário para transferência ao Hospital das Clínicas, mas na enfermaria. Como o quadro de dona Iolanda piorou, a médica da UPA informou que não liberaria a transferência. Depois de vários contatos com a Central de regulação os servidores Rafael Luís Araújo dos Santos e Ana Maria Bispo conseguiram a transferência para a UTI, como requerido desde o início .

Na tarde deste domingo Lucas Bastos chegou ao Hospital das Clínicas com a sua mãe em uma UTI Móvel. Emocionado, ele disse que o choro agora era de alegria e esperança. “Já tínhamos batido em muitas portas. Fomos a programas de Televisão, mas todos estavam voltados para o Carnaval. Fomos ao Ministério Público, mas não tivemos êxito. Até que um rapaz falou pra que a gente procurasse a Defensoria. Cheguei lá desesperado com meu tio e fomos muito bem atendidos. Eu não conhecia a Defensoria e acho que ela merecia mais atenção dos governantes, pois é um órgão que funciona como um anjo”, disse Lucas antes de seguir para a UTI, onde conversaria com a médica sobre a sua mãe.

Jorge Antonio Rocha Souza estava no Hospital do Subúrbio por ter apresentado vômito e paralisia dos membros inferiores depois de um mergulho a 27 metros de profundidade. Segundo a sua irmã, Ana Patrícia, que procurou a Defensoria Pública no sábado,25, ele precisava ser transferido para uma unidade que tivesse um centro de terapia hiperbárica com urgência. Como relatório médico era insuficiente, as defensoras públicas pediram à família que buscassem outro, com mais detalhes. Enquanto isto a equipe buscou contato com a Central Estadual de Regulação. O hospital indicado era o Sagrada Família, que só teria vaga após a quarta-feira de cinzas. A Defensoria já providenciava medida judicial quando foi informada pela Central de Regulação que a transferência havia sido autorizada, fruto do diálogo de ação extrajudicial.