Em itinerância nos centros de convivência destinados pela Prefeitura de Salvador às crianças dos ambulantes, a Defensoria Pública do Estado da Bahia –DPE/BA identificou que, apesar de não estar com sua capacidade total ocupada, na Escola Municipal Casa da Amizade, no Circuito Dodô e Osmar, as crianças estavam muito agitadas e os profissionais visivelmente estressados. Também foi detectado que o refeitório é inadequado para a quantidade das pessoas ali instaladas.

Em ofício encaminhado à Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude solicitou que seja feita a avaliação da infraestrutura para adequá-la e da possibilidade de fazer uma melhor distribuição das crianças nas unidades a fim de prestar um serviço de qualidade.

A Defensoria Pública também solicitou que seja viabilizado o acolhimento de crianças de todos os profissionais que atuam no Carnaval, a exemplo dos filhos dos recicladores e cordeiros.

Casa da Amizade 

O problema no Centro de Convivência foi identificado durante visita das defensoras públicas Alexandra Soares da Silva e Mariana Araujo Sampaio ao centro de convivência instalado na Escola Municipal Casa da Amizade, no Circuito Dodô e Osmar. Com capacidade para 100 crianças de 0 a 7 anos, o centro de convivência está com 80 crianças abrigadas enquanto seus pais trabalham como ambulantes no circuito.

Apesar de estar com equipe composta por 24 profissionais por turno (funciona das 7 às 19 e das 19 às 7 horas), dentre eles psicólogos, assistentes sociais, pedagogos e educadores sociais, e de dispor de bons sanitários e algumas salas climatizadas para as crianças dormirem, o centro de convivência não conta com refeitório adequado para as seis refeições oferecidas.