Como uma das ações iniciais do Procedimento para Apuração de Dano Coletivo – PADAC – instaurado para acompanhar os catadores de materiais recicláveis que trabalham durante o carnaval e após a folia, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA foi conferir as instalações do recém-inaugurado Espaço de Convivência Maria Lúcia Pereira, localizado na Barroquinha, em Salvador, e montado para proporcionar o conforto, bem-estar e servir de apoio para as refeições dos catadores.

Assim que a autora do PADAC, a defensora pública Fabiana Miranda, chegou ao local, na hora da distribuição das fichas para o almoço, os mais de 50 catadores que estavam no Espaço formaram fila para falar do que faltava. “Soubemos da inauguração do espaço ontem e viemos ver, de perto. Estamos aqui para garantir o direito de vocês”, anunciou a defensora pública, que atua na área de Direitos Humanos e coordena o Núcleo Multidisciplinar de Atendimento à População de Rua – Núcleo Pop Rua da DPE/BA.

“Do espaço não temos do que reclamar, mas não temos fardamento, botas, luvas, bonés, água e nada mais que precisamos para trabalhar. Sem um fardamento, por exemplo, não somos reconhecidos nas ruas. Somos trabalhadores assim como as outras pessoas”, reforçou o catador Carlos Souza, 39 anos, que, até às 13h, estava aguardando a chegada do almoço com os demais catadores.

Catador no módulo de saúde

Ainda no Centro, os catadores pediram à defensora que fosse visitar e ter notícias do colega deles, que também faz parte da Complexo Cooperativo de Reciclagem da Bahia, e teve uma crise de asma, durante o recolhimento das latinhas na rua, e foi levado, às pressas, para um Módulo de Saúde no Pelourinho.

Na visita ao Módulo, a defensora foi informada, pelo médico plantonista, que o paciente J.P.S estava sendo atendido e já estava sendo medicado através de nebulização. “Faremos alguns exames para avaliar o estado clínico dele e verificarmos a evolução e se ele precisará de transferência”, ouviu a defensora, antes de visitar o catador no leito.