COMUNICAÇÃO

CARNAVAL 2019 – Rede de Enfrentamento à violência contra as mulheres se reúne na Defensoria e destaca dados registrados no carnaval

03/03/2019 21:03 | Por Ingrid Carmo DRT/BA 2499

Estupros, tentativas de feminicídio e lesões corporais estão entre os dados registrados

“Violência contra as mulheres é crime. Denuncie”. Sempre reforçando esta ideia é que a Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Bahia se reuniu na tarde deste domingo, 3, na sede do Plantão do Carnaval 2019 da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, no bairro do Canela. O objetivo do encontro, que reuniu dez Instituições integrantes da Rede, foi avaliar os dados de violência contra a mulher neste carnaval, dentro e fora do circuito.

“As mulheres estão sofrendo violência no Carnaval e é daqui, desta soma de nossas forças na Rede, que vai sair o planejamento de ações que servirão de proteção para as mulheres que estão no circuito e fora dele. Na luta sempre!”, garantiu, na abertura da reunião, a coordenadora do Plantão do Carnaval 2019 da Defensoria, Firmiane Venâncio, que participou da reunião com a defensora pública e relatora Não Penal do Plantão do Carnaval da DPE/BA, Cristina Ulm, o defensor público que atua no Núcleo de Defesa da Mulher – NUDEM,  Rodrigo Assis, e a ouvidora-geral da Defensoria, Vilma Reis.

Com a importunação sexual agora sendo considerada crime, as campanhas “Respeita as Mina” e “Não é Não” ganham cada vez mais força e também foram destacadas durante a reunião. “A campanha ‘Não é Não’ tem funcionado. Ontem estava no circuito e um rapaz veio mexer comigo. Fiz sinal que ele não deveria avançar, ele se esquivou, saiu e me deixou em paz”, contou a jornalista Tarsilla Alvarindo.

Rede

De acordo com a ouvidora-geral da DPE/BA, Vilma Reis, o trabalho da Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da Bahia é desenvolvido durante o ano inteiro. “É antes e depois do carnaval que a gente se reúne e garante a essas mulheres que, ao bater em alguma porta, elas serão acolhidas. Mais do que punir, precisamos fazer valer a prevenção e a proteção e precisamos enfrentar este problema juntas, em Rede”, destacou a ouvidora.

Além da Defensoria Pública e da Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres, a reunião contou com a participação de representantes de instituições como Tribunal de Justiça, Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social – SJDHDS, Hospital da Mulher, Ministério Público, Polícia Militar, Viver, Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude – SMPJ – e Conselho Municipal da Mulher.