Graças a intervenção da Defensoria Pública da Bahia (DPE), um interno da delegacia de polícia do município de Alagoinhas teve concedida sua liberdade provisória e sua pena reduzida de 12 para cinco anos. O rapaz já havia cumprido dois anos e meio de prisão.
O carregador de caminhão, N.P.A., de 36 anos, foi preso após uma denúncia do Ministério Público da Bahia (MP) sob a acusação de ter matado a golpes de faca um outro carregador, Roberto Nascimento dos Santos, de idade não revelada. Na oportunidade, o promotor pediu 12 anos de prisão para o réu.

Na acusação, o MP alegou que o delito foi motivado por ciúmes, pois, de acordo com N.P.A., a vítima mantinha um caso amoroso com uma mulher, a qual realizava trabalhos domésticos na sua casa e também mantinha relações sexuais com ele.

Em juízo, na primeira ocasião, o acusado negou a autoria do crime, mas, após receber assistência da Defensoria, através do defensor público Maurício Moitinho, o assistido confessou o crime na delegacia e à juíza substituta da Vara Crime, Execuções Penais, Júri e Infância e Juventude da Comarca de Alagoinhas-BA, Lidia Izabella Gonçalves de Carvalho Lopes.

Quando questionado sobre a audiência anterior, na qual havia negado as acusações, o assistido respondeu: "não assumi antes porque o advogado que me deram não me passava confiança, mas depois que o defensor me atendeu eu vi que realmente tinha assistência e que estava levando meu caso a sério".

Apesar de ter a pena reduzida e o direito ao regime semi-aberto, o rapaz voltou a ver o filho de apenas nove anos, que está morando com uma tia materna e o qual não via desde a prisão. A Defensoria aguarda seu livramento condicional, que já foi requerido.