Na madrugada do último dia 23, no bairro da Sete Portas, na capital baiana, um casal em situação de rua foi queimado vivo, supostamente por outra pessoa em situação de rua, por motivos até então desconhecidos. No dia 27 foi registrado o óbito do casal que se encontrava internado no Hospital Geral do Estado – HGE. A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, juntamente com a equipe do Ponto de Cidadania, passaram a acompanhar o caso.

 

A defensora pública Fabiana Miranda explicou que foi relatado pelos familiares – pai e irmãs – que a falecida Adriana da Silva Conceição foi reconhecida, ainda quando estava viva no hospital, e que fora disponibilizado documento ao Hospital Geral do Estado, para que fosse regularizada a sua identificação no hospital. Apesar do reconhecimento por parte da família, não houve a liberação do corpo.

 

“Diante do relato de que estão enfrentando dificuldades para a liberação do corpo pelo Departamento de Polícia Técnica, expedi os ofícios para o DPT e para o HGE, para obter mais informações a respeito do caso e verificar quais providências podem ser diligenciadas pela Defensoria Pública, para que a família possa realizar o sepultamento digno de sua filha e irmã”, afirmou Fabiana Miranda, que ressaltou ainda a dificuldade das pessoas em situação de rua, até mesmo na hora da morte, para serem enterradas.