COMUNICAÇÃO

Com Varal Solidário, a Defensoria Cidadã Itinerante encerra as atividades no Bairro da Paz

17/06/2016 15:28 | Por Daniel Alcoeres Gramacho DRT/BA 3686 (Texto e Foto)

O projeto da Defensoria Pública promove atendimento às comunidades onde estão instaladas bases comunitárias de segurança

Em seu terceiro e último dia de atendimentos no Bairro da Paz, a Defensoria Cidadã Itinerante – DCI, nesta sexta-feira, 17, bateu todos os recordes de procura desde o início da ação em 2015: apenas numa manhã, 220 pessoas procuraram os serviços e ações da Defensoria na comunidade.

Quem afirma isto é a coordenadora executiva da capital, Gianna Gerbasi. Foram três ações desenvolvidas neste último dia: uma roda de conversa com pessoas da comunidade sobre “Violência contra a mulher”, os atendimentos e orientações jurídicas, e por fim, o Varal Solidário, de iniciativa da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, onde a Instituição arrecada previamente roupas e acessórios dos servidores e defensores públicos para serem distribuídas às pessoas da comunidade.

No mês de julho a Defensoria Cidadã Itinerante estará no bairro do Uruguai. “Cada dia mais cresce a nossa felicidade pelo reconhecimento do nosso trabalho, mesmo sendo dentro de uma Base Comunitária. Nós estamos quebrando tabus, as pessoas estão comparecendo e estão sendo atendidas, estreitando assim os laços com a comunidade”, afirmou Gianna Gerbasi.

RODA DE CONVERSA

Fortalecendo o papel da Defensoria Pública na educação em direitos, a subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Eva Rodrigues, mediou uma roda de conversa com pessoas da comunidade sobre as nuances da violência contra a mulher, sob o prisma dos Direitos Humanos. Eva Rodrigues distribuiu um papel para cada pessoa que participava da roda de conversa, para que lessem os temas e passassem a discutir. Um dos temas foi: mulher que vai para cama no primeiro encontro não serve para casar. Curiosamente, algumas mulheres concordaram com a afirmação. A defensora, no entanto, questionou: “e o homem que vai para a cama no primeiro encontro, serve para casar? Por que a gente só fala isso da mulher? É isso que a gente precisa desconstruir, a gente repete isso de uma forma que nem percebe como estamos perpetuando o preconceito”.

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ATENDIMENTOS

Neste último dia foram muitos os casos de mediação e conciliação, a maioria envolvendo casos de direito de família, mais especificamente sobre a questão de alimentos. Em um dos casos Vilma Rosa Amaral de Brito Monteiro procurou a DCI para resolver a questão da guarda da sobrinha, que mora com ela desde que nasceu. “Eu não fiz isso antes porque estava esperando ela me pedir, e só agora aos 15 anos ela pediu para regularizar a situação da guarda dela”, afirmou Vilma Monteiro. Além destes casos, houve grande procura na área do consumidor e no direito de família.

VARAL SOLIDÁRIO

Para encerrar as atividades foram distribuídas mais de 100 senhas para a doação de roupas arrecadadas pela DPE. Perpétua Maria do Socorro foi uma das primeiras a ser chamada para escolher as suas peças de roupa. “Adorei essa ideia da Defensoria Pública. Consegui pegar roupas não só para mim, mas também para o meu neto”. O adolescente Alessandro Silva se mostrou satisfeito com o varal: “dei sorte, peguei uma bermuda e uma calça do meu número”. Cada pessoa pegou, em média, quatro a cinco peças de roupas.

BALANÇO DO DCI NO BAIRRO DA PAZ

Foram seis defensores públicos do Estado mais uma defensora pública da União na DCI de hoje. Gianna Gerbasi analisou que a atividade no Bairro da Paz superou toda a expectativa. “Percebemos que o bairro tem uma carência muito grande de conhecimento de direitos, de ter uma instituição próxima para poder atender às suas necessidades. No varal foram mais de 100 senhas distribuídas. Na roda de conversa também foi bastante interessante, as pessoas participaram, perguntaram, tiraram suas dúvidas, e embora o tema seja violência doméstica, os homens também participaram de forma positiva”, considerou a coordenadora executiva da capital. Este é mais um atendimento de itinerância que a Defensoria Pública está promovendo em parceria com a Secretaria de Segurança pública nos bairros onde estão instaladas Bases Comunitárias de Segurança.

O primeiro bairro a ser atendido pelo projeto em Salvador neste ano foi o de Santa Cruz. Em 2015 foi realizado no Calabar, Rio Sena e Nordeste de Amaralina, além de Vitória da Conquista, Itabuna e Feira de Santana.

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