A reunião objetivou a busca de parcerias para a formação do Comitê

Convidada pelo Comitê Baiano de Tuberculose, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA participou, nesta quarta-feira, 8, de reunião para discutir a criação do Comitê Municipal de Salvador. A DPE, através da Equipe Pop Rua e do Núcleo de Saúde, fazem atendimentos individuais referentes às demandas de Direito à Saúde onde se incluem pessoas com tuberculose.

Para a defensora pública Fabiana Miranda, que representou a Defensoria no evento, é importante a formação do Comitê Municipal de Salvador. "A Defensoria Pública trabalha muito com pessoas em situação de rua e privadas de liberdade. As pessoas em situação de rua têm 44 vezes mais de chance de infecção do que pessoas que não estejam nessa situação e as privadas de liberdade têm 28 vezes mais chance de contrair tuberculose. Logo o nosso público alvo é mais vulnerável à doença", explica a defensora pública.

Rosângela Palheta, coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose (PCT-BA) da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), acredita que a Defensoria pode dar visibilidade e fortalecer a formação do Comitê Municipal de Salvador. "Sendo um dos porta-vozes para os problemas que o Controle da Tuberculose enfrenta, especificamente os problemas de cura dos portadores da doença e para acessar os serviços de saúde, acreditamos que a Defensoria pode possibilitar voz e visibilidade nesse processo", diz.

"Onde o governo não pode ir, a sociedade civil estar presente. Trabalhei na área de saúde durante muitos anos e resolvi apoiar o Comitê por cansar de ouvir dos centros médicos que pessoas estavam em estado terminal com tuberculose. Eu acho que Salvador tendo um Comitê independente, a saúde em prol do tratamento da tuberculose, pode melhorar bastante". Essa declaração é de Manuel Raimundo de Jesus, aposentado, que mora em Camaçari e que faz parte do Comitê Baiano para o Controle da Tuberculose.