A defensora geral, Vitória Bandeira, participou nesta terça-feira da IV reunião ordinária do Colégio Nacional dos Defensores Públicos Gerais, em Brasília. Durante o encontro, Aline Yamamoto, representante da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, apresentou números alarmantes sobre violência contra as mulheres e ressaltou o importante papel desempenhado pelas Defensorias em todo o país. . "As mulheres vítimas de violência são socialmente vulneráveis e precisam da Defensoria Pública para garantir sua assistência", explicou.

Um dos pontos destacados por ela foi a dificuldade que muitas vítimas ainda encontram para acessar os órgãos operadores do direito. A defensora geral da Bahia reforçou a necessidade de uma ação integrada. "Não podemos achar que apenas a judicialização vai diminuir essas estatísticas. É preciso combater o problema em várias frentes, integrar as Especializadas da Infância e Juventude e Família, por exemplo, para que não só o agressor seja punido mas toda a família atendida em esferas diversas", pontuou.

O Condege recebeu ainda o selo "Compromisso e Atitude no Combate à Violência Contra a Mulher" da Presidência da República, como instituição comprometida com a proteção dos direitos das mulheres que sofrem violência. Os defensores gerais também aprovaram a assinatura de um protocolo de intenções para a criação de núcleos estaduais especializados no atendimento às mulheres vítimas de violência. A proposta apresentada pelo presidente em exercício do Condege, Stélio Dener, pretende garantir a ampliação e fortalecimento do atendimento à mulher socialmente vulnerável. "Através do protocolo de intenções, queremos garantir que em oito meses as defensorias instalem núcleos especializados em seus estados e fortaleçam aqueles que já existirem", explicou.

De acordo com dados da SPM, a cada quatro minutos uma mulher é agredida no Brasil e 70% das mulheres do mundo sofreram ou vão sofrer algum tipo de agressão ao longo da vida.