COMUNICAÇÃO

CORONAVÍRUS – Defensoria baiana consulta sua equipe sobre enfrentamento à Covid-19

09/10/2020 19:11 | Por Vanda Amorim DRT/PE 1339

A pesquisa faz parte dos estudos que vêm sendo realizados para uma retomada segura dos serviços presenciais, ainda sem data estabelecida

Como parte dos estudos que vem realizando, com vistas a um futuro retorno e seguro das atividades presenciais em suas unidades, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE promoveu uma consulta eletrônica com o seu público interno – defensores, servidores e estagiários. A Instituição queria saber como tem sido a adesão da sua equipe ao distanciamento social e demais medidas de enfrentamento ao novo Coronavírus/Covid-19. Dos 1.281 integrantes da DPE que responderam ao questionário, 78,7% afirmaram estar saindo apenas quando inevitável e 56,36% declararam estar aptos a retomar o trabalho.

A coleta de dados aconteceu no período de 14 dias, entre 25 de agosto e 7 de setembro. De uma equipe de 1.685 pessoas. 76% responderam ao questionário, sendo metade com atuação na Capital e metade nas unidades do interior. Na análise sobre a adesão ao distanciamento social, o comportamento foi similar nos dois grupos. O resultado da pesquisa pode ser conferido aqui na íntegra.

O defensor público geral do Estado, Rafson Saraiva Ximenes, assegura que a Defensoria Pública da Bahia está consciente das dificuldades que todos estão vivendo nesse período de pandemia e sabe dos cuidados que são necessários acerca do trabalho. Ele afirma que a Instituição sabe, também, dos problemas que estão sendo causados para o público alvo da Defensoria, pelo fato de não poderem fazer os atendimentos dos modos tradicionais.

“Sabemos que chegará o momento que teremos que voltar com as atividades, mas para fazer isso, é importante ouvir o que pensa e como tem agido cada defensor, cada servidor, cada estagiário e também os especialistas. Para que essa tomada de decisão da Defensoria Pública, quando vier a acontecer, seja a mais segura possível e a mais responsável possível”, ressalta Ximenes.

Para garantir uma retomada segura para assistidos, servidores, defensores e estagiários, a Defensoria Pública tem buscado se respaldar a partir de consultas técnicas junto à Secretária de Saúde do Estado e ao infectologista baiano Roberto Badaró, assim como notas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

 Isolamento/distanciamento social

 Na consulta, realizada com o apoio da Assessoria de Comunicação e do Núcleo de Análises de Dados da Coordenação de Modernização e Informática, a Defensoria Pública quis saber como defensores, servidores e estagiários estão agindo neste período de pandemia, em que o isolamento social, inicialmente, e depois o distanciamento social, foram recomendados pelas autoridades sanitárias e governamentais.

Perguntados sobre ausentar-se da residência nos 14 dias anteriores à data em que respondeu a pesquisa, 90% disseram ter saído de casa nesse período. Dentre esses, 86,4% informaram que ao sair mantiveram a distância mínima de 1,5 metro de outras pessoas e 79% disseram não ter utilizado transporte público nas atividades desenvolvidas. Os destinos apontados pela maioria foram supermercados (88,5%), farmácias (77,5%) e médicos (60,4%).

Testes realizados

A DPE/BA também procurou se inteirar sobre o número de funcionários que já teriam feito testagem para a Covid-19. Apenas 288 entrevistados informaram ter feito o teste. Destes, a maioria fez o teste rápido, 166 (57,6%). Realizaram mais de um teste 42 (14,89%). Do total que fez a testagem, 38 obtiveram resultados positivos e apenas 1 apresentou sintomas graves, com tratamento em hospital.

Já em relação à contaminação de familiares, 315 funcionários informaram que alguém próximo já apresentou sintomas do Covid-19, sendo que destes, 157 (49,84%) informaram que os sintomas do conhecido foi há mais de 30 dias e 72 (22,56%) informaram ter ocorrido entre 15 e 30 dias. Para o intervalo de 8 a 15 dias e 1 a 7 dias as frequências foram 48 (15,24%) e 38 (12,06%).

Como a vacinação contra a gripe Influenza também é recomendada, com o propósito de diminuir os riscos de doenças respiratórias, a Defensoria também procurou saber como o número de defensores, servidores e estagiários que foram vacinados. A maioria, 753 (58,8%), não se vacinou.

Grupos de riscos e comorbidades

A Defensoria Pública também procurou saber quantas pessoas da sua equipe possuem comorbidades. Informaram possuir alguma comorbidade 312 (24,05%) pessoas e dessas, 78 (25,00%) disseram possuir mais de uma comorbidade. Doenças relacionadas ao sistema respiratório, hipertensão e obesidade foram que apresentaram as maiores frequências com 59,94%, 36,86% e 20,19%, respectivamente.

Em relação a integrar grupos de risco, 1.018 responderam que não, mas, questionados se moravam com pessoas de risco, 663 responderam que sim.

Íntegra do resultado e análise da consulta: 

Consulta sobre isolamento social e Coronavírus/Covid-19