COMUNICAÇÃO
CORONAVÍRUS – Defensoria solicita informações sobre atendimento a gestantes e parturientes de Itabuna com suspeita ou confirmação de Covid-19
Cidade teve dois casos recentes de problemas no atendimento que resultaram em morte da gestante ou perda do bebê pela mãe aos cinco meses de gestação
Informações sobre o fluxo de atendimento e as medidas de segurança que estão sendo adotadas pela Rede Pública de Saúde em Itabuna para mulheres gestantes e parturientes com suspeita ou confirmação de Covid-19 foram solicitadas pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA a cinco entidades de Saúde no município.
Os ofícios, expedidos nesta terça-feira, 25, são endereçados ao Núcleo de Saúde Sul da Secretaria Estadual de Saúde, à Secretaria Municipal de Saúde de Itabuna, ao Hospital de Base Luis Eduardo Magalhães, à Santa Casa de Misericórdia de Itabuna e à Maternidade Ester Gomes.
Uma das motivações listadas para o envio do ofício pela Defensoria foi a divulgação na imprensa de dois casos recentes, um em julho e outro neste mês de agosto, em que dificuldades no atendimento de gestantes com suspeita ou confirmação de Covid-19 em Itabuna resultaram em mortes. No primeiro caso, a gestante faleceu. No segundo, houve a perda do bebê pela mãe aos cinco meses de gestação.
De acordo com a defensora Laís Santos Oliveira, que assina o ofício da DPE/BA, as mulheres gestantes e parturientes já se encontram regularmente em uma situação de vulnerabilidade para receberem um acompanhamento médico adequado, mas a pandemia só fez agravar essa situação, dificultando o atendimento básico que elas precisam.
“É necessário então que haja uma manifestação específica do Poder Público sobre como está sendo feito esse fluxo de atendimento, porque existem leis próprias para o atendimento da Covid-19 e existem as unidades próprias para atendimento das gestantes, mas aparentemente não existem unidades prontas para atenderem gestantes e parturientes que estejam com suspeita ou diagnóstico da Covid-19. Então, precisamos chamar atenção para essa vulnerabilidade, porque já tivemos dois casos em que vidas foram perdidas pela falta de preparo da saúde pública”, afirma a defensora Laís Santos Oliveira.