COMUNICAÇÃO
CORONAVÍRUS – Mutirões remotos são realizados pela Defensoria na área de família para estudar como ampliar atendimento
Em fase experimental, mutirões não presenciais trataram de forma remota 84 casos de ações de alimentos que já estavam agendados.
Com o objetivo de ampliar o leque de casos que possam ser considerados urgentes, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA vem estudando a melhor forma de promover isso remotamente. Desde o dia 18 de março, quando o atendimento presencial foi suspenso pela Instituição como prevenção à Covid-19, o número de casos atendidos prioritariamente limitou muito o atendimento. Assim, por meio da sua Especializada de Família, em Salvador, a Defensoria está fazendo uma busca ativa experimentalmente para ver como cuidar dos milhares de casos suspensos devido ao isolamento social.
Conversas telefônicas e envio de documentos por e-mails ou mensagens de whatsapp estão sendo os meios encontrados pela Especializada da Família nesta fase experimental para dar prosseguimento a atendimentos suspensos com a paralisação dos serviços presenciais. Até um tutorial foi elaborado e encaminhado para as pessoas envolvidas nos casos, orientando como fotografar e enviar documentos pelo whatsapp.
Como parte do estudo, nas duas últimas semanas de abril a Especializada realizou dois mutirões remotos recepcionando 84 famílias assistidas. Os casos envolviam ações de alimentos e foram priorizados neste momento. Desde março, quase sete mil casos já estavam agendados, ou aguardavam triagem. A proposta é que, após a avaliação desses mutirões, passem a ser conduzidos por meios remotos.
A defensora pública e uma das coordenadoras da Especializada de Família, Tatiane Franklin, explica que esta demanda represada passa, de modo gradual, a ser enfrentada mesmo a distância com o empenho e adaptação da Defensoria para a conjuntura de pandemia. A Instituição, inclusive, está analisando como ampliar a infraestrutura necessária para expandir o atendimento remoto em todas as suas unidades.
“O atendimento a distância toma mais tempo e podem acontecer incidentes que perturbem seu andamento. Ainda assim, estamos iniciando esse trabalho de busca ativa, ligando e contactando os assistidos, para ir encaminhando os casos que foram agendados até o dia 17 de março. Escolhemos como critério começar com as situações de requisição de alimentos por entender a relevância destas ações neste contexto e, em breve, todas estas primeiras ações estarão protocoladas no judiciário”, comenta Tatiane Franklin.
A coordenadora da Especializada de Família salienta que os assistidos que passam a ser procurados, para que seus casos caminhem, são aqueles que já estavam na lista de agendamentos. Novos casos e agendamentos, neste âmbito do direito, só passarão a ser acolhidos quando as atividades presenciais da Defensoria forem retomadas e normalizadas.